Foi enterrado nesta segunda-feira (15) o corpo da criança de 10 anos que morreu no fim de semana em Ituiutaba depois de passar por uma cirurgia de apendicite. A família fala em negligência médica. A assessoria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) informou que deu o atendimento necessário. Já a Secretaria Municipal de Saúde repassou que está apurando os fatos.
Na última semana, após o procedimento, o menino Felipe Leonardo começou a queixar-se de dores e mal-estar. Ele foi levado pela mãe, Kênia Pessanha, para uma Unidade Mista de Saúde (UMS). No local, uma médica pediatra foi quem atendeu o menino. A mãe conta que ele foi medicado sem passar por qualquer exame e depois liberado. “Ele me disse que não ia conseguir ir para a escola. Eu disse que iria levá-lo na UMS. A médica só olhou a boca dele e não fez mais nada. Se ela tivesse, pelo menos, apertado a barriga dele, ele gritaria, pois estava com dor”, relembrou.
De volta para casa, Felipe continuou reclamando de dor. Segundo a família, mesmo com a medicação, o estado de saúde só piorou. “Ele não conseguia nem dormir. Resolvemos levá-lo ao Pronto Socorro”, afirmou a avó, Edma de Brito Barcelos.
No sábado (13) à tarde, ao ver Felipe ainda mais fraco, o primo, Manuel Eugênio de Brito Lima, foi quem resolveu buscar ajuda e levou a criança novamente ao médico. Ao dar entrada no pronto socorro, o menino foi encaminhado, já em estado grave, para outra unidade hospitalar credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ele estava mole, custando a andar, falar. Tudo que ele comia, ele vomitava”, completou.
Esclarecimento
A assessoria da UPA informou que o menino foi atendido no sábado (13), minutos depois de ter dado entrada na instituição, e que foi constatado estado clínico grave, sendo, de imediato, transferido para o Hospital São José. Na unidade, segundo o médico, ele foi submetido ao atendimento necessário, mas já em estado clínico irreversível.
Quanto ao atendimento na UMS, na sexta-feira (12), o assunto já foi levado a Secretaria Municipal de Saúde, que irá apurar fatos e analisar a necessidade de abertura de sindicância para esclarecimento.
Do G1 Triângulo Mineiro