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Mentiras de Bolsonaro a embaixadores repercutem na imprensa internacional

Central de Jornalismo

Veículos repercutiram as mentiras de Bolsonaro (PL) contra urnas eletrônicas brasileiras

Mentiras de Bolsonaro a embaixadores foram feitas durante evento | Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Mentiras de Bolsonaro a embaixadores foram feitas durante evento | Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

A apresentação do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 18, a dezenas de embaixadores, com uma série de mentiras sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, gerou as mais diversas reações de autoridades, da imprensa internacional e também nas redes sociais.

A começar pelo primeiro slide apresentado pelo presidente com um erro de ortografia na palavra ”briefing”, que viralizou. O termo inglês significa um resumo das informações a serem exibidas. Porém, a apresentação do governo federal trouxe o termo como ‘brienfing’, escorregando na gramática.

The New York Times citou as mentiras de Bolsonaro em evento

Um dos mais relevantes jornais do mundo, o norte-americano The New York Times chamou o gesto de Bolsonaro de “potencial prévia” de sua estratégia para uma eleição na qual, como apontam as pesquisas, “ele pode perder de forma esmagadora”.

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Diplomatas disseram ao jornal que se preocuparam com a possibilidade de o presidente estar “preparando o terreno para contestar os resultados da eleição se ele perder”.

O NYT sugeriu que as mentiras de Bolsonaro seguem o script do ex-presidente americano Donald Trump, que atiçou apoiadores contra o sistema eleitoral dos Estados Unidos em uma ação que desembocou no ataque ao Capitólio, no início do ano passado, que deixou cinco mortos.

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“Assim como Trump, Bolsonaro parece estar desacreditando a votação antes que ela aconteça, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência”, afirmou o jornal norte-americano.

O La Nación da Costa Rica destacou o fato de não haver provas que fundamentem o discurso de Bolsonaro contra as urnas. O jornal ressaltou a polarização que há no Brasil entre o atual presidente e seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é líder nas pesquisas de intenção de voto.

O La República, da Colômbia, noticiou que o presidente brasileiro compartilhou sua “preocupação” com diplomatas e que ele tem questionado “repetidamente” o sistema de votação do País. A publicação ainda lembrou que a Argentina, governada pelo esquerdista Alberto Fernández, não foi representada no encontro.

O serviço de notícias americano Bloomberg classificou os questionamentos de Bolsonaro como “velhas e refutadas teorias da conspiração”.

“Bolsonaro, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todas as pesquisas de opinião, repetidamente questionou a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil, até mesmo alegando sem provas que sua eleição de 2018 foi fraudada e que ele deveria ter vencido no primeiro turno”, disse a reportagem.

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Já o presidente do TSE, Edson Fachin, rebateu Bolsonaro sem citá-lo diretamente ainda na tarde desta segunda-feira, 18, durante uma cerimônia da OAB do Paraná. “É hora de dar um basta à desinformação e ao populismo autoritário”, disse.

Nesta terça, 19, deputados de oposição pediram que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize uma investigação sobre a reunião promovida por Bolsonaro. Os parlamentares alegam que o presidente cometeu improbidade administrativa, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e econômico e crime contra o Estado Democrático.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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