O mercado de caminhões começou melhor neste ano, conforme o supervisor de vendas da Deva Veículos, Túlio Cruz. “Até o momento, as consultas estão cerca de 40% maiores na comparação com o mesmo período de janeiro do ano passado”, diz ele. Além do cenário macroeconômico melhor, Cruz ressalta que as condições de financiamento, que respondem por cerca de 90% das vendas, também estão mais favoráveis.
O supervisor da Deva conta que as vendas começaram a melhorar em setembro de 2017. “Antes disso, a comercialização estava acontecendo gota a gota”, observa.
Segundo ele, a perspectiva de novos contratos em 2018 motivou a Rodoviário Max Cargo a adquirir dez unidades do veículo Hi-Way 800S48 6×4 no fim do ano passado. “O mercado está sinalizando melhora, o pior já passou”, diz o proprietário da Max Cargo, Antônio Vicente Oliveira Miranda.
Com matriz em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a empresa atua no segmento de transporte rodoviário de carga seca, nas áreas de siderurgia, indústria cimenteira e de refratários, tendo entre seus clientes Usiminas, CSN, Belgo, Magnesita e Minasligas.
Apesar da perspectiva de melhora neste ano, o empresário ressalta que existem dificuldades, entre elas, o custo do combustível. “Isso impacta no frete, que já está com o preço defasado, no mínimo, em 30%. E fazer o repasse é complicado. Além disso, o pedágio é caro e há muita burocracia”, diz ele.
Quem também faz previsões positivas para este ano é o responsável pela área de inteligência, mercado e gestão de clientes da montadora Iveco, Bernardo Pereira. “A perspectiva do mercado é de crescimento de 20%”, calcula.
Para ele, 2017 é considerado um “divisor de águas” para o setor. Entre os pesados, os caminhões tiveram forte reação no último trimestre de 2017, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Depois de começar 2017 com quedas de 30% nos primeiros meses, o segmento se recuperou e terminou o ano com crescimento de 3,5%, totalizando 52 mil unidades vendidas.
Pereira explica que o veículo Hi-Way 800S48 6×4, que foi adquirido pela Rodoviário Max Cargo, tem como atrativo a robustez e o baixo consumo de combustível. “Em média, é 5% mais econômico que a versão anterior, sendo um diferencial em tempos de combustível caro”, diz.
Fonte: O TEMPO