Com o slogan Mercosul livre de Feminicídio, os países que integram o bloco sul-americano lançam nesta quinta-feira (25) uma campanha digital para sensibilizar seus cidadãos a combater o feminicídio. A campanha reforça a importância do anonimato nas denúncias feitas pela vítima ou por pessoas que presenciam atos de violência contra a mulher.
Promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, uma vez que o Brasil atualmente exerce e presidência temporária do Mercosul, a campanha será veiculada nos canais digitais de comunicação das pastas da Justiça, do Interior e da Segurança dos países-membros do bloco.
No Brasil, as denúncias podem ser feitas pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). A ligação é gratuita em todo o território nacional e também pode ser acessada em outros países, 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva a respeito da percepção da população brasileira sobre feminicídio revelou que 90% dos brasileiros apontam como local de maior risco de assassinato para as mulheres é dentro de casa, por um parceiro ou ex-parceiro.
A pesquisa, que ouviu 1.503 pessoas (1.001 mulheres e 502 homens) com 18 anos de idade ou mais, entre os meses de setembro e outubro, mostrou também que 57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual ou por ex- parceiro e que 37% conhecem uma mulher que sofreu tentativa ou foi vítima de feminicídio íntimo.
Países-membros e associados
Os países-membros do Mercado Comum do Sul são o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Por descumprimento de normas do bloco, a Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2016. A Bolívia, o Chile, o Peru, a Colômbia, o Equador, a Guiana e o Suriname são países associados ao grupo, criado na década de 1990.