As estações do metrô de Belo Horizonte vão funcionar excepcionalmente até as 20h30 nesta terça-feira (28/3), segundo informado pela concessionária Metrô BH. A retomada do movimento grevista estava marcada para esta terça-feira. No entanto, todas as estações amanheceram abertas na capital, mas os passageiros chegam a esperar por mais de 20 minutos pelo transporte.
“A concessionária não medirá esforços para que os trens atendam à população normalmente amanhã, haja vista a essencialidade do serviço de transporte sobre trilhos para os 100 mil usuários de Belo Horizonte e Contagem, atendidos diariamente”, diz comunicado emitido pela assessoria da concessionária. Normalmente, o metrô opera até 23h.
A categoria planejava uma paralisação total do serviço a partir de hoje, mas nem todos aderiram ao movimento. Conforme o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), cerca de 10% do efetivo de funcionários está trabalhando. Apenas 8 dos 21 trens estão rodando para atender a população. A última paralisação durou pouco mais de 30 dias e terminou na segunda-feira (20/3), mediante acordo fixado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ainda conforme o Sindimetro, uma reunião está marcada para 3 de abril com o ministro do Trabalho do governo Lula, Luiz Marinho (PT), para discutir a situação dos 1.600 metroviários, que estão inseguros em relação à manutenção de seus empregos.
Em dezembro de 2022, a Comporte arrematou o modal em leilão por R$ 25.755.111. O valor representa um ágio de 33% sobre o lance mínimo, estabelecido em R$ 19.324.304,67. O contrato, porém, foi assinado na quinta-feira (23/2). Logo, a empresa paulista assumiu a gestão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) e agora administra a concessionária Metrô BH.
“Continuamos pleiteando uma medida efetiva para manter o emprego público desses funcionários. Nós enxergamos que dá para garantir transferências para outras unidades da CBTU”, aponta o secretário-geral do Sindimetro, Daniel Glória.
Com a concessão, o investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.