Os sindicatos do metroviários e dos rodoviários de Belo Horizonte se reuniram no final da tarde desta segunda-feira (17) com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), para reivindicar uma data para que as categorias do transporte da capital fossem vacinadas contra a Covid-19. Como mostrou a reportagem de O TEMPO, também nesta segunda-feira, os metroviários deliberaram por uma paralisação de 24 horas na próxima quinta-feira (20), para pressionar a imunização dos profissionais. Após o encontro com o prefeito de Belo Horizonte, no entanto, uma nova reunião foi marcada para esta terça-feira (18), para decidir se a paralisação será mantida.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindmetro), Romeu José Machado Neto, o prefeito afirmou que não há vacinas disponíveis para vacinar todos os trabalhadores do transporte, mas pediu que os sindicatos façam um levantamento de quantas pessoas ainda precisam ser imunizadas.
“Esse levantamento é pela faixa etária para ver aqueles que as campanhas ainda não alcançaram. Com base nesse número, o prefeito disse que vai fazer uma tentativa, junto ao Ministério da Saúde para adquirir vacinas para os trabalhadores do transporte. Ele pediu até 30 dias de prazo para retomar a conversa e tentar apresentar um calendário mais preciso de quando essa vacinação será iniciada”, explicou o presidente do Sindmetro.
Após o encontro com Kalil, as categorias devem se reunir nesta terça-feira (18), em uma nova reunião virtual, para deliberar se a paralisação de 24 horas programada para a próxima quinta-feira (20) será mantida.
“Os sindicatos vão se reunir a tarde para decidir qual será o encaminhamento. Se mantém a paralisação, se suspende e chama nova assembleia decidir se para ou não, ou ainda se vai deixar em suspenso até o prazo que o prefeito pediu”, pontuou Romeu José Machado Neto
PBH
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde e que o município “não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo Ministério da Saúde, tendo assim que seguir as regras informadas para a imunização”.
A PBH informou ainda que “é imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues pelo Ministério da Saúde” e reafirmou a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo”.
Por fim, o executivo muncipal disse que “a BHTrans ainda não recebeu a confirmação de paralisação por parte do setor e, portanto, não há definições sobre o assunto”.
Leia a nota da PBH na íntegra:
A Prefeitura de Belo Horizonte segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde. O município não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo Ministério da Saúde, tendo assim que seguir as regras informadas para a imunização.
O cadastro para agentes da BHTrans já foi aberto e o público estimado está sendo levantado. A Secretaria Municipal de Saúde aguarda retorno do Ministério da Saúde sobre a solicitação de inclusão dos grupos como prioridade, o que ainda não ocorreu. É importante esclarecer que sem a autorização, não é possível a inclusão no Plano Nacional de Imunização.
É imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues pelo Ministério da Saúde. A Prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo.
A BHTrans ainda não recebeu a confirmação de paralisação por parte do setor e, portanto, não há definições sobre o assunto. A BHTrans continuará acompanhando a movimentação e avaliando possíveis impactos na mobilidade.