Quatro mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (10/5), em Betim, na Grande BH, e Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas.
Entre os presos estão um antigo estelionatário previdenciário, que inspirou o nome da operação, e um estudante de medicina que usava recursos desviados da União para custear seus estudos.
A Operação “Velho Conhecido” mirou um grupo criminoso que criava pessoas fictícias e envolvia a falsificação de certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência com o objetivo de fraudar o Instituo Nacional de Seguridade Social (INSS).
O prejuízo sofrido com o esquema alcançou mais de R$ 12,3 milhões. Com a descoberta das fraudes, segundo a PF, evitou-se a perda de valores superiores a R$ 4 milhões. As ações do grupo criminoso envolveram a concessão de diversas modalidades de benefícios previdenciários, a maioria de amparo ao idoso de baixa renda.
Além dos mandados, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, foram definidos o sequestro de bens e valores, existentes em contas bancárias, poupanças e investimentos pertencentes aos investigados.
As investigações permitiram, por meio de laudos periciais papiloscópicos — método técnico-científico de identificação humana por meio de impressões papilares, ou seja, impressões digitais — a identificação de pessoas inexistentes criadas para a obtenção da vantagem previdenciária ilícita.
O grupo também se apropriava de benefícios previdenciários regularmente concedidos, após a morte dos segurados.
Os suspeitos serão autuados pela prática dos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa, cujas penas de reclusão variam de 2 anos e 4 meses a 9 anos e 7 meses.
Além da PF, a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência (CGTIN) participou da operação.