Minas Gerais teve as primeiras confirmações oficiais de mortes por febre amarela nesta quarta-feira. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), já são sete os casos confirmados oficialmente. A pasta recebeu a confirmação do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde responsável por fazer as investigações completas, necessárias para tratar uma morte ou um caso como confirmado.
O último boletim divulgado ontem pela SES/MG dava conta de 53 óbitos suspeitos em Minas. Com as sete confirmações, outras 46 mortes seguem sendo investigadas. Até o momento a SES/MG tratava os casos como suspeitos ou então prováveis, já que apresentam apenas o exame laboratorial reagente. Para se chegar a uma confirmação oficial, é necessário concluir outros exames, além da investigação epidemiológica completa, histórico de vacinação e deslocamento dos pacientes.
Quando contados apenas os casos prováveis, que levam em consideração os primeiros exames como reagentes para a doença, o boletim de ontem da SES/MG trazia 37 casos e 22 óbitos. Com a confirmação final das primeiras sete mortes, esse número de casos prováveis que ainda seguem em investigação deve diminuir para 15 se não entrarem novos pacientes no boletim.
Surto
Se todos os casos suspeitos forem confirmados, Minas Gerais terá o maior surto dos últimos 10 anos no Brasil, já que em 2009 foram confirmados 47 casos com 17 mortes e em 2008 foram 46 casos com 27 óbitos, segundo o Ministério da Saúde.
Em Minas, os dois piores surtos ocorreram em 2001 e 2003, segundo a SES/MG. Em 2001, as pessoas foram acometidas com a doença no Centro-Oeste do estado, quando foram confirmados 32 casos e 16 mortes. Já em 2003 os pacientes apareceram em seis municípios do Alto Jequitinhonha, com 64 casos e 23 óbitos confirmados.
Isso permite concluir que se os 53 óbitos suspeitos de 2017 chegarem a uma confirmação oficial, Minas terá superado os piores surtos no estado considerados até então pela SES/MG.