Durante o período chuvoso, a população precisa ficar atenta em casa e o poder público realizar manutenções para evitar água parada, principal causa da proliferação do mosquito transmissor da dengue: Aedes Aegypti. Até o momento, em 2018, os números não são alarmantes como em anos anteriores. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais, 7.261 possíveis casos da doença foram registrados até a segunda-feira (12). Apenas neste ano ainda, a secretaria investiga seis mortes no Estado para dengue.
No primeiro mês do ano, Minas Gerais registrou 3.324 casos prováveis da dengue. No mês de fevereiro, o estado mineiro registrou um aumento de 7%, o que representou 3.557 registros. Em doze dias de março, a secretaria registrou 380 possíveis casos da doença.
Cinco municípios mineiros preocupam por causa do número alto de possíveis casos de dengue. São eles: Visconde do Rio Branco (399 casos), Guidoval (87), na Zona da Mata, Moema (61), Estrela do Indaiá (50), na região Central, e Marliéria (30), no Vale do Aço. As cidades são pequenas e, por causa disso, a incidência da doença está alta. Para ter uma ideia, em Estrela do Indaiá, município com 3.596 habitantes, a cada 72 pessoas, uma pode estar com dengue.
A capital mineira tem 1.271 prováveis casos de dengue apenas em 2018, o que é considerado “baixo” pela secretaria. Isso porque a cada 1968 pessoas, uma pode estar com dengue.
A secretaria, porém, afirma no relatório que este ano não será alarmante. Os dados apontam para um ano tranquilo com relação aos casos de dengue. Isso porque em 2016, por exemplo, apenas nos dois primeiros meses do ano, Minas Gerais registrou 195.091 prováveis casos. Ou seja, 2571,7% a mais que os dois primeiros meses de 2018 (6881 casos investigados com recorte dos dados para janeiro e fevereiro).
“Minas Gerais viveu três grandes epidemias em 2010, 2013 e 2016. O número de casos prováveis de dengue em 2018 acompanha o mesmo perfil de anos não epidêmicos anteriores”, diz em trecho do relatório.
Ainda segundo os dados, 2016 foi o ano com maior casos investigados da doença: 519.050 em doze meses. Na sequência, 2013 aparece com 414.719 registros. No ano passado, no entanto, os casos diminuíram para 26.954 registros.