O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a continuidade das atividades da casa de massagem República Relax, que teria mudado de endereço para tentar burlar a interdição feita pela Justiça em abril deste ano.
Pessoas que moram próximas do suposto novo local da casa reclamam da movimentação no lugar.
A suspeita é de que a casa de massagem, que funcionava na rua Quintino Bocaiúva, no bairro Lídice, setor central, agora esteja em um imóvel alugado na rua Eduardo Oliveira, no mesmo bairro. O local fica a menos de um quarteirão do antigo endereço, que foi interditado por ter alvará de sex shop e scotch bar, mas também funcionava como ponto de encontros sexuais.
As investigações ao novo local começaram depois que um abaixo-assinado com quase 70 assinaturas de moradores de um prédio residencial próximo ao lugar foi entregue ao MPE. O promotor de Justiça Fernando Martins disse que há fotos que comprovam o uso da casa para encontros e os proprietários da República Relax são os mesmos que alugaram o imóvel na rua Eduardo Oliveira. “A prática de mudança de endereço é comum para escapar de uma interdição”, afirmou o promotor.
Um vizinho do lugar, que pediu para não ser identificado, disse que as atividades na casa começaram há cerca de cinco meses. Segundo ele, à noite há barulho e até brigas. “Já chegamos a ver pessoas saindo nuas pela rua”, disse. O advogado que representa os donos da República Relax, Horácio Bouças Leveiro Júnior, disse que desconhece a reabertura da casa.
O mandado de segurança impetrado pelo advogado, em abril, para continuar as atividades da casa de massagem foi negado pela Justiça, mantendo a interdição pedida pelo MPE. Nesta sexta-feira (8), representantes da empresa vão se reunir com a promotoria, que vai propor um termo de ajustamento de conduta.
Empresa aluga espaço para eventos
A reportagem do jornal CORREIO de Uberlândia entrou em contato com a casa de massagem República Relax no telefone fornecido no site da empresa e simulou estar interessado em alugar o espaço para uma despedida de solteiro.
Uma atendente disse ser possível fazer o aluguel e que custaria R$ 45 por pessoa, com direito a uma dançarina. Perguntada se existia a possibilidade de alguma outra atividade com a garota, a atendente afirmou ser preciso combinar diretamente com a dançarina.