Um novo inquérito contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi aberto nesta quinta-feira (22), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio. As investigações tem relação com os crimes de lavagem de dinheiro.
O pedido de abertura que vai apurar um suposto recebimento de mais de R$ 60 milhões em propina por parte de Aécio Neves , foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após o parlamentar já ter sido denunciado por corrupção.
De acordo com a denúncia, o tucano teria recebido o dinheiro por meio de notas frias da JBS, quando ele teria trabalhado em favor da empresa. No entanto, a defesa do senador afastado demonstrou estar confiante em comprovar, por meio das investigações, que Aécio não cometeu os crimes imputados a ele.
“A defesa do Senador Aécio Neves recebe a informação com naturalidade por se tratar de desdobramento da denúncia inicial. A investigação demonstrará que não se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita numa operação entre privados, portanto sem envolver recurso público ou qualquer contrapartida. Assim, não houve crime’, diz a nota redigida pelo advogado Alberto Toron.
O novo inquérito faz com que o político do PSDB passe a ser alvo de nove investigações no STF. Cinco delas têm relação com as delações que partiram dos deputados da empreiteira Odebrecht, duas foram abertas a partir das declarações do senador cassado Delcídio do Amaral, e outras duas abertas a partir das delações da JBS.
Primeira denúncia
O tucano também é acusado de ter cometido crimes de corrupção e obstrução da Justiça. A PGR aponta que Aécio solicitou R$ 2 milhões ao empresário da JBS, Joesley Batista, conforme suas declarações à Polícia Federal em acordo de delação premiada.
Em relação as acusações de obstrução da Justiça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o parlamentar tentou atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, na qual também é investigado, ao “empreender esforços” para interferir na distribuição dos inquéritos dentro da Polícia Federal.
Por fim, Janot solicitou ao STF que Aécio Neves e sua irmã sejam condenados a pagarem R$ 6 milhões por danos relacionados aos casos citados de corrupção.
*Com informações da Agência Brasil