O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (20) que é muito importante ter as famílias como aliadas no combate ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti. “Os reservatórios dos ovos dos mosquitos se encontram nas casas, então deve ser o empenho não só das autoridades sanitárias, mas também das famílias brasileiras no combate a dengue”, disse o ministro, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira (20).
Queiroga ressalta que o mosquito da dengue também é causador da chikungunya e da zika. ”A dengue, claro, é a que tem mais relevância epidemiológica, mas nós tivemos uma epidemia de zika no passado, com aquelas consequência nas nossas crianças, a microcefalia. A chikungunya também gera problemas articulares, e essas doenças além de poder levar ao óbito, também causam internações hospitalares”, detalha o ministro.
Notícias relacionadas:
- Governo lança campanha nacional de combate ao mosquito da dengue.
- CFM abrirá consulta pública sobre uso da cannabis medicinal.
Queiroga ressalta que todos vasculhem suas casas, à procura de reservatórios de água, que é onde o mosquito se reproduz.
Outubro Rosa
No mês em que se destaca o câncer de mama, o ministro da Saúde alerta que o câncer de mama é a principal causa de óbitos entre as mulheres mais jovens. “É um assassino de mulheres, e temos hoje com prevenir o câncer de mama e como diagnosticar precocemente, tratar, e quando é tratada na fase inicial, a doença é curável somente com tratamento cirúrgico, às vezes sem necessidade de tratamentos complementares”, diz o ministro.
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o rastreamento desse tipo de câncer é feito com a mamografia, em mulheres entre 50 a 69 anos. “Agora, se houver uma suspeita da doença, em qualquer idade pode ser recomendada a mamografia”, explica o ministro.
A previsão do Instituto Nacional do Câncer é que em 2023 sejam feitos 66 mil novos diagnósticos de câncer de mama no Brasil.
Médicos pelo Brasil
Durante a entrevista, o ministro também destacou o programa Médicos pelo Brasil, que tem o objetivo de levar estes profissionais para locais remotos do país. “Há uma carreira para esse médico, não é apenas um contrato por três anos. Ele tem um vínculo, ele pode ter um salário que começa por R$ 15 mil e pode ir até R$ 38 mil, de acordo com o estágio da carreira e com a região em que ele trabalha.
Até o final de 2022, segundo Queiroga, cerca de 4 mil médicos do programa estarão trabalhando nas unidades básicas de saúde. ”Um ponto importante é a qualificação dos recursos humanos. Esses médicos, após os dois anos, que é o primeiro período, têm que apresentar uma titulação de especialidade em saúde da família”, diz o ministro.