Meus amigos e minhas amigas, aprendi com os passar dos anos que muitas vezes é prudente esperar um pouco mais e aguardar os resultados que virão diante dos fatos.
As mortes de 26 pessoas em uma operação na cidade de Varginha, no Sul de Minas, é um bom exemplo.
Conforme levantamentos feitos pelos serviços de inteligência das polícias Rodoviária Federal e Militar de Minas Gerais, um ataque de grandes proporções seria realizado às agências bancárias do município.
As equipes teriam, então, segundo o que foi divulgado até o momento, sido recebidas a tiros pelos homens em dois sítios na zona rural e terminado o embate com 26 mortos.
Durante o início das investigações, com os corpos sendo identificados aqui em Belo Horizonte através de dezenas de exames periciais, foi afirmado para a imprensa que todos, sem exceção, eram donos de vasto prontuário criminal.
Algumas autoridades de alto escalão, já nos primeiros momentos, comemoraram o resultado da operação, já que não houve nenhuma baixa do lado dos policiais.
Eu, particularmente, sempre digo que prefiro um bandido morto do que um pai de família sendo examinado no Instituto Médico-Legal.
Mas, como todo jornalista que trabalha em busca dos fatos reais, prefiro aguardar o fim dos trabalhos para que as próprias autoridades possam desenhar todos os passos dados durante a incursão em Varginha.
As investigações ainda demandarão tempo, mas é preciso aguardar o fim dos trabalhos para que a sociedade mineira possa erguer templos à virtude e cavar masmorras ao vício.
Em tradução simples e popular, é necessário esperar um pouquinho mais para que os aplausos e as homenagens possam ser de fato um marco na história do combate ao crime organizado em Minas.
O nosso Estado é indiscutivelmente o mais seguro do país para se viver graças aos esforços e à competência das nossas forças policiais, mas, ainda assim, como todo bom mineiro, prefiro tomar um cafezinho, comer um bom pão de queijo e esperar o resultado final das investigações.