Um morador da rua Itatiaia, no bairro Bonfim, na região Noroeste de Belo Horizonte, foi surpreendido com a chegada da Polícia Militar (PM) em sua residência, na noite de quinta-feira (14), e levou um susto ao descobrir que um menor de 15 anos, que tinha acabado de matar um homem, havia invadido o imóvel e escondido debaixo de uma cama sem ele perceber.
Por volta das 21h, policiais militares passavam de moto pela avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro Carlos Prates, região Noroeste, e escutaram disparos de tiros na rua Padre Paraíso. Os PMs se deslocaram para o local, desceram das motos e avistaram dois homens fugindo a pé e um terceiro baleado, dando início a uma perseguição.
Próximo ao Cemitério do Bonfim, os militares perderam um dos homens de vista. O menor invadiu uma residência da rua Itatiaia e os militares foram atrás. O dono da casa não havia percebido a entrada do adolescente e ficou surpreso com a chegada dos policiais. Para a surpresa do morador, o menor estava escondido debaixo de uma cama. Ele havia jogado um revólver calibre 38, com três cartuchos deflagrados e dois intactos, no meio das plantas. Com ele os PMs também apreenderam uma porção de maconha com ele.
Para os policiais, o adolescente alegou que o homem que ele e um outro menor, que fugiu, decidiram matar o homem, que era morador de rua, por ele estar vendendo drogas e cometendo assaltos no aglomerado Pedreiro Prado Lopes, onde os suspeitos moram, que fica no bairro São Cristóvão, também na região Noroeste da capital.
O SAMU foi chamado para socorrer o homem baleado, mas ele já estava morto. A vítima não portava nenhum documento e seu corpo foi levado sem identificação para o IML. Próximo ao corpo, os PMs encontraram uma réplica de arma, que, segundo o menor, era usada pela vítima para cometer assaltos.
O menor foi levado pelos PMs para o Hospital Odilon Behrens, por ter sofrido escoriações durante a fuga, segundo os policiais. A mãe do menor o acompanhou até o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH) e depois para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad).