Décadas depois de uma cratera se abrir em Sete Lagoas, na esquina das ruas Nestor Fóscolo e Tupiniquins, Centro da cidade, os moradores amanheceram neste domingo (2/4) revivendo o medo. Eles perceberam enormes rachaduras nos muros e asfalto, com risco do chão ceder mais uma vez.
Segundo o morador e dono de uma loja na Rua Nestor Fóscolo, Gilson Roberto, de 51 anos, as rachaduras estão no mesmo lugar. "Na outra época caiu rápido, logo que abriu o buraco, caiu a rua toda. Depois, taparam ele com pedras e terras e ficou uns anos aberto, para ver se não ia piorar, mas estabilizou. Ficou conhecido como 'buraco do cecé', mas faz tempo que foi fechado e refizeram a rua", explica.
Porém, na manhã deste domingo, ao chegar para abrir a loja, ele e a esposa, Alessandra Goulart, de 41 anos, foram surpreendidos por grandes rachaduras no muro. "Até ontem à tarde estava tudo normal. Hoje, de manhã, quando cheguei, vi o pessoal da Guarda Municipal colocando isolamento na área e os moradores pedindo para ninguém descer a rua com carro, nem nada. A fissura do muro está só aumentando e o asfalto cedeu mais de um metro", relata Alessandra.
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Problema antigo
Em 4 março de 1988, também de manhã, por volta das 10h30, rachaduras começaram a aparecer no asfalto da mesma rua, que logo cedeu e gerou pânico nos moradores. À época, o Estado de Minas esteve no local e acompanhou toda a ação de isolamento e retirada dos moradores. Cerca de 100 pessoas saíram do bairro até que a situação fosse normalizada.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Sete Lagoas e aguarda retorno sobre as ações que serão tomadas desta vez.