Guilherme de Pádua, o ex-ator que matou Daniella Perez em 1992, morreu na noite deste domingo (6.nov.22), aos 53 anos. Pádua, que se tornou pastor evangélico, morreu após sofrer uma parada cardíaca, de acordo com o pastor Márcio Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha.
Localizada em Belo Horizonte, cidade natal de Pádua, a congregação foi quem acolheu o ex-ator após sua saída da prisão e o ordenou pastor em 2017. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa da Igreja Batista de Lagoinha, que divulgou uma nota.
“Com 53 anos completados no último dia 2 de novembro, Guilherme compunha o time pastoral da Lagoinha desde sua ordenação, em 2017, liderando o ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana. Antes disso, já havia sido acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginalizados”, diz o comunicado.
“Em sua caminhada como pastor, Guilherme viveu longe dos grandes púlpitos. Não era visto pregando para multidões, mas atuava diariamente nas mais diversas obras com aqueles que a sociedade, muitas vezes, prefere jogar para escanteio. Guilherme testemunhou a possível transformação que há em Jesus. O recomeço reservado para todos aqueles que nele creem.”
Mais cedo, Valadão também havia destinado algumas palavras ao colega de congregação, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. “É um moço que a sociedade não compreende, porque praticou aquele crime da Daniella Perez. Mas ele se converteu. Era uma lagarta que virou borboleta. Ele dentro de casa agora caiu e morreu. Caiu e morreu”, disse.
Pádua ganhou projeção nacional na novela “De Corpo e Alma”, exibida pela Globo na década de 1990. Nela, fazia par romântico com Daniella, filha da autora, Gloria Perez. Em 28 de dezembro de 1992, no entanto, o corpo da mocinha do folhetim foi encontrado num matagal na Barra da Tijuca, com 18 perfurações, a maioria concentradas na região do coração.
Guilherme de Pádua foi ator de filme erótico, stripper e apoiador de Bolsonaro
No início da pandemia, em 2020, quando Jair Bolsonaro minimizou o impacto da Covid-19 e conclamou seus apoiadores a irem às ruas contra o isolamento social, ele ganhou um apoio ruidoso. Foi do ex-ator Guilherme de Pádua, que morreu na noite deste domingo (6) após um infarto. Depois de ser condenado pelo assassinato de Daniella Perez, De Pádua, que vivia em Belo Horizonte (BH), virou pastor batista.
Publicações que viralizaram meses atrás na internet diziam que De Pádua havia se encontrado com Bolsonaro em Belo Horizonte para um almoço. O presidente negou o encontro em uma publicação no Twitter. Ele e a primeira-dama visitaram a Igreja Batista da Lagoinha, onde De Pádua era pastor. Juliana Lacerda, viúva de De Pádua, publicou uma foto com Michelle Bolsonaro, mas negou ter proximidade com ela.
O nome de Guilherme de Pádua voltou aos holofotes este ano com a estreia da minissérie documental “Pacto Brutal”, obra em cinco episódios que joga luz sobre o assassinato da atriz Daniella Perez, morta aos 22 anos, em 28 de dezembro de 1992.