Dois pais de estudantes, de 12 e 14 anos, de escolas municipais de Frutal (Triângulo Mineiro), denunciaram à Polícia Militar (PM) um motorista de uma perua escolar da prefeitura da cidade, de 67 anos, por assédio sexual.
O homem foi detido nessa terça-feira (4/4) e conduzido para Delegacia de Plantão de Polícia Civil (PC) da cidade. Um inquérito policial foi instaurado.
As denúncias foram feitas porque as jovens afirmaram aos pais que não queriam mais entrar na perua escolar que o suspeito era motorista. A Prefeita de Frutal declarou em nota oficial que ele foi demitido.
De acordo com as denúncias, repassadas à PM de Frutal, o suspeito perguntou para as jovens, em ocasiões distintas e após os outros estudantes descerem do veículo, como estavam os órgãos sexuais delas. Os denunciantes relatam ainda que, em uma outra ocasião, ele acariciou o rosto de uma delas.
Além disso, dizem os pais, o motorista proibiu o uso de celular dentro do veículo e perguntou às estudantes se elas comentavam em casa as conversas que aconteciam entre eles.
Arrependimento
Ainda segundo informações da PM de Frutal, o suspeito confessou aos militares que fez a pergunta considerada obscena para uma das jovens. Ele disse também aos militares que não tinha a intenção de ofender a adolescente e que se arrependeu.
Confira na íntegra a nota oficial
“Primeiro, a Prefeitura de Frutal vem a público esclarecer que repudia veementemente qualquer tipo de comportamento de abuso ou de assédio por parte de seus servidores, colaboradores e prestadores de serviços, principalmente quando este ato vil envolve crianças ou menores de idade.
Segundo, a Prefeitura lamenta profundamente que uma jovem tenha sido obrigada a passar por essa situação constrangedora e traumatizante em um veículo que presta serviços para o Executivo Municipal, inclusive a Prefeitura de Frutal já disponibilizou todo o seu aparato profissional para que essa adolescente receba o devido acompanhamento e cuidado.
Por último, a Prefeitura informa que assim que tomou conhecimento desse caso repugnante encerrou imediatamente e sumariamente o contrato deste prestador de serviços, que agora terá que prestar os esclarecimentos cabíveis para a Justiça.
A Prefeitura ainda reafirma que está à disposição no que for preciso para que a Justiça resolva o caso o mais rápido possível e puna o responsável”.