Um carro invadiu o calçadão da praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, atropelando dezenas de pedestres, na noite desta quinta-feira (18). Um bebê de oito meses morreu.
Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos oito pessoas tiveram que ser removidas a hospitais. Demais feridos, de 15 a 20 pessoas de acordo com testemunhas, estão sendo atendidos no local.
Segundo informações do 19º batalhão da Polícia Militar, o bebê morreu ainda na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para onde foi levado, próxima ao local do acidente. Pelo menos outras duas vítimas se encontram em estado grave.
O acidente ocorreu por volta das 20h40, na Avenida Atlântica, altura da rua Figueiredo Magalhães, entre os postos 2 e 3 da orla. O motorista perdeu a direção, subiu na ciclovia, atravessou o calçadão e só parou na areia.
No percurso, o carro atingiu dezenas de pessoas que estavam no calçadão. Devido ao forte calor do verão do Rio e a proximidade do Carnaval, a praia de Copacabana estava cheia mesmo a noite. Diversas pessoas que aproveitam o horário de verão para um mergulho no fim do dia deixavam a praia no momento do atropelamento.
Um vídeo postado nas redes sociais mostra momentos depois do acidente. Populares socorrem três pessoas, entre elas um menino, enquanto os bombeiros ainda não tinham chegado. Num segundo vídeo, pelo menos cinco pessoas aparecem deitadas no chão sendo atendidas ou abanadas.
O Corpo de Bombeiros não divulgou o estado de saúde das oito vítimas que tiveram que ser removidas aos hospitais. Elas foram levadas ao Miguel Couto, na Gávea (zona sul), e no Souza Aguiar, no centro, que também não informaram estado das vítimas.
Num terceiro vídeo, guardas municipais fazem um cordão de isolamento para a retirada do motorista, que foi detido e deixou o local sem resistir e aos gritos de “assassino” por populares.
O condutor, um homem de 41 anos que não teve o nome informado, não se feriu. Segundo o comandante do 19º Batalhão da PM (Copacabana), tenente-coronel Murilo Angelotti, o homem foi retirado do local para evitar seu linchamento.
O oficial disse à reportagem que o motorista não aparentava embriaguez e teria alegado que sofria de epilepsia. Ainda segundo Angeloti, policiais confirmaram ter encontrado vidros de medicamento com o homem. O motorista prestou depoimento na 12ª DP e foi levado para fazer exames no Instituto Médico Legal.