A mulher de 36 anos encontrada viva dentro de um túmulo no cemitério municipal na cidade de Visconde do Rio Branco, em Minas Gerais, nessa terça-feira (28/3), tem contado com o apoio da irmã, que veio do Rio de Janeiro para ficar por tempo indeterminado na cidade da Zona da Mata mineira.
Ao Estado de Minas, a irmã dela, que pediu para não ser identificada, contou nesta quinta-feira (30/3) que a mulher, internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Hospital São João Batista, apresentou uma melhora significativa no quadro de saúde.
“Hoje, ela já conversou com médicos e funcionários. Está se alimentando e evoluindo bem na medida do possível”, comentou, pontuando que ficará na cidade até que a irmã tenha alta médica. “No entanto, não há previsão de quando isso vai acontecer”, completou.
Enquanto isso, as irmãs têm se encontrado no hospital durante o horário de visita. “Quando fui lá pela primeira vez, ela chorou ao me ver. Temos uma relação próxima. Sempre nos encontramos nas férias”, disse.
Ela ainda fez críticas sobre as especulações na internet do que teria acontecido com irmã, afirmando que as pessoas “falam muita coisa sem saber”. Porém, não quis comentar se a irmã contou a ela alguma versão do que teria acontecido.
Entenda o caso
Inicialmente, a Polícia Militar foi chamada após os coveiros do cemitério municipal em Visconde do Rio Branco notarem que um dos túmulos estava fechado com cimento fresco e tijolos, sendo que ao lado havia marcas de sangue.
Os policiais ouviram gritos de socorro vindo de dentro do túmulo e, então, decidiram quebrar a estrutura, quando localizaram a vítima com lesões na cabeça e sinais de desidratação.
Conforme informações iniciais da polícia, a mulher encontrada no túmulo teria extraviado entorpecentes que guardou para uma dupla de criminosos. Por isso, eles tentaram matá-la enterrando-a viva como forma de vingança. A Polícia Civil calcula que ela tenha ficado enterrada entre oito e dez horas.
“Ela apontou dois suspeitos, os quais foram devidamente identificados. Neste momento, tanto a Polícia Civil quanto a Militar procuram os dois autores visando prendê-los em flagrante delito”, contou o delegado Diego Candian Alves, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Ubá. Eles ainda seguem foragidos.
Por outro lado, o sargento Watson da Polícia Militar, que atuou no regaste da vítima, disse à reportagem que o companheiro dela é quem teria ficado com a arma e as drogas.
“Quando os dois traficantes chegaram à casa deles, o parceiro da mulher também estava no local. Eles teriam começado a bater na mulher para que entregasse o que lhes pertencia. O homem então fugiu. Ele conseguiu escapar e a deixou sozinha”, disse o militar.