
Na manhã desta quinta-feira (13), Deise Moura dos Anjos, a mulher presa sob acusação de cometer um triplo homicídio com um bolo envenenado na cidade de Torres, Rio Grande do Sul, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
A Polícia Penal confirmou o óbito, informando que durante a conferência matinal a presa foi encontrada sem sinais vitais. Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou a morte por “asfixia mecânica autoinfligida”.
Deise estava sozinha na cela no momento da morte. As circunstâncias do ocorrido serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
A investigação policial apontou Deise como a responsável pelo envenenamento, levando à sua prisão. Durante a investigação, descobriu-se que o sogro de Deise havia falecido meses antes e, após a exumação do corpo, foi confirmada a presença de arsênio, a mesma substância encontrada no bolo envenenado.
Outros Casos de Envenenamento
Os exames do IGP também confirmaram a presença de arsênio no marido e no filho de Deise. Eles ingeriram a substância diluída em suco de manga no início de dezembro, antes do caso do bolo. A bebida foi preparada por Deise para o marido, mas a criança, de apenas 10 anos, também consumiu acidentalmente. Nem o marido nem o filho precisaram de atendimento médico.
O marido de Deise prestou depoimento à polícia, que continua as investigações sobre os eventos.
A morte de Deise Moura dos Anjos adiciona um novo capítulo a este já trágico caso, levantando questões sobre a segurança e o bem-estar dentro das instalações carcerárias, bem como sobre os motivos que levaram a tais atos extremos.