Um grupo de mulheres denuncia ter sido vítima de um homem que anunciava a venda de um buffet para festas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o grupo, o suspeito vendia os salgadinhos, mas, no dia da entrega, não comparecia ao local da festa.
A reportagem ouviu duas das vítimas, mas há um grupo com quase 15 pessoas que diz ter sido vítima do mesmo golpe. Os relatos são sempre os mesmos: o pagamento era efetuado e o suspeito não entregava o pedido combinado.
Uma das vítimas é a empresária Lamounier dos Santos, de 29 anos. Ela programou uma festa na casa de um familiar, no bairro Saudade, na região Leste de BH, no último sábado (17). Com parte do pagamento feito desde maio, ela estava empolgada, mas as coisas não aconteceram como o combinado.
“Primeiro, ele foi ao local da festa e deixou alguns refrigerantes e outras coisas. Terminei de fazer o pagamento, igual a gente tinha combinado, e ele falou que precisava buscar uma fritadeira em casa e que voltaria. Acontece que ele não voltou. Tentamos contato a noite toda, ele sempre dando uma desculpa diferente”, explicou.
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Familiares e convidados de Lamounier compraram alguns salgadinhos e docinhos para que a festa ocorresse. Além do prejuízo financeiro, de quase R$ 2 mil, a empresária também ficou constrangida com toda a situação. “Foi constrangedor né? A gente espera uma pessoa, com todos os nossos pedidos e os convidados na festa. E acaba que ele não aparece”, disse.
Na mesma noite, Lamounier foi até uma delegacia da Grande BH e registrou um Boletim de Ocorrência. Depois, ela descobriu que outras pessoas haviam sofrido a mesma situação.
O suspeito de aplicar o golpe disse às vítimas que mantinha uma loja física no Edifício Mariana, na avenida Afonso Pena, Região Central da capital. Algumas das vítimas foram até o local nesta terça-feira (20), mas ele não foi encontrado.
Natiele Oliveira, 23, sofreu o mesmo golpe. Ela programou uma festa para sua filha de 3 anos no fim de julho. Ao procurar o homem para saber como estava o andamento dos pedidos, ela foi surpreendida com o fato de estar bloqueada das redes sociais dele. A estudante de direito pagou R$ 1,5 mil antecipadamente.
“Fiz o pagamento, assinei o contrato e até então era tudo muito cordial. Mandei uma mensagem pra ele falando que queria trocar a data da festa, ele não me respondeu. Achei tudo estranho. Fui no Instagram dele e o perfil sumiu para mim. Fiquei preocupada e descobri que outras pessoas também estavam na mesma situação”, contou.
Nas redes sociais, o homem denunciado mantém um perfil no Instagram onde postava fotos de festas e eventos de que participava. Nos comentários, várias pessoas reclamando e contando sobre os golpes que caíram.
Em nota, a Polícia Civil informou que está investigando o caso.