O músico que negou um cumprimento a Aécio Neves (PSDB) durante visita do candidato a uma favela de Belo Horizonte disse enfrentar “ameaças, injúrias e racismo” desde o episódio.
“Ameaças, injúrias, racismo! Entre outras coisas é o que venho enfrentando desde sexta-feira [3], quando neguei cumprimentar um político”, escreveu Martins, 39, em uma rede social.
O músico afirmou que as ameaças têm vindo pela internet, e que as tem registrado para se defender “de qualquer coisa que possa vir a acontecer” com ele.
Na sexta-feira (3), Aécio, apoiadores e militantes visitaram favelas da capital mineira em busca de votos.
No aglomerado da Serra, onde Martins mora, o músico deixou Aécio de mãos abanando ao retirar o seu braço, quando o tucano já se movia para cumprimentá-lo.
“Um candidato me estender a mão antes de uma eleição, cercado de jornalistas onde jamais havia pisado, nunca representaria uma cordialidade, e sim uma ação a qual, tivesse aceitado, estaria dizendo gestualmente a todos que concordo com ele.”
À Folha, Martins declarou voto em Luciana Genro (PSOL) por “falta de opção” e descartou o voto em Aécio no segundo turno. “Hoje, mais que nunca, tenho repulsa ao PSDB.”