O Deputado Arnaldo Silva (PR/MG) utilizou da tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para questionar a atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia. Ele disse que vai levar a situação para ser discutida nas Comissões de Direitos Humanos, Administração Pública e Segurança Pública.
“Nós temos uma situação muito peculiar da atuação que envolve o Gaeco de Uberlândia. Isso precisa ser discutido na Assembleia de Minas Gerais, porque a questão lá está ultrapassando todos os limites institucionais.”
Depois da fala, os deputados decidiram que será feita uma audiência pública para debater a atuação e procedimentos adotados pelo Gaeco. A proposição foi aprovada na comissão de segurança pública da Assembleia Legislativa. E o deputado garante que tem provas de que os procedimentos adotados foram irregulares.
“Eu vou trazer aqui uma série de provas em relação a isso, de condutas e procedimentos que estão sendo adotados de forma inadequada, ilegal e irregular”, disse.
Para o deputado é preciso discutir o assunto de uma forma mais ampla, principalmente em relação a atuação da polícia.
“Eu quero aqui também destacar uma situação que envolveu institucionalmente a Polícia Civil de Minas Gerais, principalmente na cidade de Uberlândia e na região do Triângulo Mineiro. Nós precisamos discutir essa situação aqui na Assembleia e clarear e dar luz a esse assunto.”
O que o deputado não citou durante a fala na tribuna é que o nome dele constava como sócio do escritório de advocacia Ribeiro e Silva, alvo da Operação Isonomia, deflagrada pelo Gaeco em maio do ano passado. A questão é se durante a audiência pública esse fato será levado à tona.
A data para a audiência na ALMG será definida nas próximas reuniões da Comissão de Segurança Pública.
Repórter: Kátia Medeiros