Os sete sábios
Sete sábios, cada um de uma religião, discutiam qual deles conhecia, realmente, a verdade. Um rei muito sábio que observava a discussão aproximou-se e perguntou:
– O que vocês estão discutindo?
– Estamos tentando descobrir qual de nós é o dono da verdade.
Ao escutar isso, o rei, imediatamente, pediu a um de seus servos que levasse sete cegos e um elefante até o seu castelo. Quando os cegos e o elefante chegaram ao palácio, o rei mandou chamar os sete sábios e pediu-lhes que observassem o que aconteceria a seguir.
O sábio rei pediu aos cegos que tocassem o animal e o descrevessem, um de cada vez.
– É comprido, parece uma serpente – disse o primeiro cego tocando a tromba do elefante.
– Tem chifre duro… Me parece um búfalo – Disse o segundo, tocando nas presas do elefante.
– Seu rabo tem pêlos no final, será um leão? – Comentou o terceiro cego.
– Pelo couro, bem grosso, acredito ser um rinoceronte – disse o quarto cego.
E assim, sucessivamente, cada cego descreveu o elefante de acordo com a parte que estava tocando. Quando todos terminaram de descrever o animal, o rei perguntou aos sete sábios:
– Algum dos cegos mentiu?
– Não! – responderam os sábios em coro – Todos falaram a verdade.
– Mas algum deles disse que era um elefante?
– Não… mesmo porque cada um tocou apenas uma parte dele – disse um dos sábios.
– Vocês, sábios, que estão discutindo quem é o dono da verdade, parecem cegos. Todos estão falando a verdade, mas, como os sete cegos, cada um se refere apenas a uma parte dela – disse o sábio rei, concluindo:
– Ninguém é dono da verdade, porque ninguém a detém por inteiro. Somos donos apenas de parte da verdade.
Respeite as verdades!
Estamos a poucos dias de uma das eleições mais importantes e polarizadas da história do Brasil. Além de o Brasil estar dividido entre duas verdades para se eleger um presidente, há ainda que se contar inúmeras verdades (e fake news) para escolhermos ainda um governador, dois senadores, um deputado federal e um estadual!
Diante de tanta informação (e chateação) na imprensa, nas redes sociais e até nas rodas de conversas com amigos, sobraram verdades! Verdades que, muitas vezes, isoladas, transformam aquele candidato em algo que não necessariamente ele seja como o todo.
Sem querer transformar minha coluna num repositório político (até porque dificilmente o meu candidato a presidente vencerá as eleições), desejo a todo brasileiro sapiência, respeito ao próximo, civilidade e patriotismo.
- Sapiência: Entenda que uma fala ou um gesto isolado não é o todo daquele candidato(a). Pesquise sobre cada um deles e vote com sabedoria.
- Respeito ao próximo: Candidato é igual time de futebol. Cada um acredita no que acha ser melhor. Mesmo que vc não ache os opositores melhores, respeite quem os segue. Você pode até tentar convencer que o seu é melhor, desde que a linha do respeito não seja ultrapassada.
- Civilidade: Por mais desacreditado que você esteja na política, faça a sua parte. Vote (de preferência em alguém), cumpra as regras do pleito e ajude a fiscalizar eventuais fraudes eleitorais.
- Patriotismo: Não percamos a esperança em nosso País, seja lá quem for eleito(a).
Mesmo que o seu candidato não vença, é muito importante que o Brasil se una! Uma nação forte só se faz com o povo unido. Vamos JUNTOS fazer com que nosso próximo presidente cumpra suas promessas e faça seu governo com transparência e licitude. Seja ele/a quem for, todos nós devemos brigar por um País justo e bom de se viver!
Quem faz o futuro da nação é o povo. Não o próximo presidente! (MZ)
Marcio Zeppelini – www.marciozeppelini.com.