Reviravolta nas investigações sobre a morte de Wanderléa Stefani Leite, de 26 anos, cujo corpo foi encontrado na propriedade do namorado, que é agricultor e comerciante, na última sexta-feira (21), no distrito de Colônia Rodrigo Silva, em Barbacena, no Campo das Vertentes.
O corpo da jovem foi encontrado no domingo (16) em um campo de futebol, com as mãos e braços amarrados, um cinto no pescoço e com o rosto desfigurado, sem pele e sem cabelo.
O namorado, que tinha sido detido e liberado, voltou a ser preso a partir de novas evidências.
A vítima estava desaparecida desde o último dia 16. O casal tinha sido visto, junto, em uma festa, na noite anterior. Na ocasião, eles teriam tido uma discussão por causa de ciúmes. Os dois saíram da festa, no entanto, a discussão seguiu dentro do carro.
O casal teria ido para a casa de Wanderléa. Lá, depois de um novo atrito, ele decidiu ir para a casa de uma amiga. Aos policiais, o agricultor contou que viu a namorada correndo atrás do carro dele, enquanto deixava a propriedade.
Preso novamente
A prisão, agora, ocorreu às 22h de terça-feira, quando o suspeito saía do escritório, e atende a uma determinação do juiz da 2ª Vara Criminal de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Barbacena.
O pedido de prisão foi feito com base no exame pericial realizado no carro do agricultor e comerciante, onde foram encontrados vestígios de sangue.
Ele permanece preso, na Delegacia de Homicídios de Barbacena, onde deverá prestar depoimento ainda nesta quarta-feira e, em seguida, deverá ser levado para o sistema prisional.
Primeiro depoimento
O corpo foi encontrado, na manhã de domingo (16), pelo pai do suspeito, que contou que tinha chamado pelo filho e pela namorada, na noite de sábado, e como não obteve resposta, foi dormir. Na manhã seguinte, encontrou o corpo em um campo de futebol na propriedade do filho.
Ao ser preso, no fim de semana, o suspeito contou que tinha se encontrado com o pai de Wanderléa, e não tocou no assunto, isso na manhã de domingo. O pai da vítima contou que o namorado da filha era só sorrisos.
Ele alegou que tomou conhecimento da morte da namorada pela Polícia Militar e que o cachorro dele teria atacado a vítima. Disse ainda que o animal teria lhe arrancado a pele e os cabelos, pois era violento.
Na ocasião, ele foi levado à delegacia, mas acabou liberado. Ficou solto até a noite de terça-feira, quando foi preso novamente por novas evidências no caso.