Seleção encara o Iraque nesta quinta-feira, em Malmo, na Suécia. Craque do Real Madrid encontra time remodelado e empresta sua liderança..
De olho na Copa do Mundo de 2014, Kaká está em busca de um recomeço e a seleção brasileira à procura do bom futebol. É claro que as duas coisas estão relacionadas. Melhor ainda que tal reencontro seja na Suécia, local onde o Brasil deu o pontapé inicial em sua caminhada para se tornar o país do futebol, com o título mundial de 1958. É lá, na cidade de Malmo, que o time deMano Menezes faz amistoso contra o Iraque de Zico, no estádio Sweedbank, nesta quinta-feira, às 15h30 (de Brasília).
Muita coisa mudou nesses dois anos e três meses que Kaká ficou afastado da seleção brasileira. Da derrota para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010 até aqui, Neymar deixou de ser promessa para virar realidade e o craque do time, Ricardo Teixeira deu lugar a José Maria Marin no comando da CBF, Mano Menezes substituiu Dunga… Mas algo que continua intacto é o prestígio do meia do Real Madrid na Seleção.
– Vai ser legal. Espero que ele possa nos ajudar. A experiência que ele tem vai ser muito importante para a seleção brasileira. Pode nos ajudar muito – declarou Neymar, que agora tem a chance de dividir a responsabilidade e as atenções com o ‘velho’ companheiro.
Kaká sabe disso. Mais velho do atual grupo de Mano Menezes, o meia do Real Madrid que dar à Seleção não só experiência, mas também liderança. Como diz Mano Menezes, jogadores com o status de Kaká se adaptam facilmente a qualquer grupo. Ainda mais ao time nacional, no qual já fez sucesso – o armador já disputou três Copas do Mundo. Foi campeão em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, e caiu nas quartas de final nos Mundiais de 2006, na Alemanha, e 2010, na África do Sul.
– Encontrei um grupo jovem, bem diferente e muito promissor. Trago agora muita experiência e vontade. Quero criar muito para aproveitar essa oportunidade. Posso dar um pouco da minha liderança para o elenco – afirmou Kaká.
Realmente, o grupo que o meia integra agora é bem diferente do que ele deixou lá atrás, em 2010. Dos 21 jogadores que participam desses amistosos (na terça-feira o Brasil encara o Japão, na Breslávia, na Polônia), apenas o zagueiro Thiago Silva e o volante Ramires seguem. Além de Daniel Alves, é claro. Mas o lateral-direito do Barcelona foi cortado no início da semana por conta de uma lesão muscular. O fato é que Kaká pretende se firmar nessa reformulação proposta por Mano Menezes.
– Por sua trajetória e por sua capacidade, a situação do Kaká é diferente. Mas a Seleção é familiar para ele. Mais do que para um jogador que chega pela primeira vez. Ainda é cedo para avaliações, temos de ir com calma. Não tem necessidade de exigir dele todas as resoluções do time – opinou Mano Menezes, que vai escalar Kaká e Oscar na armação e improvisar o lateral-esquerdo Adriano na vaga de Daniel Alves.
Se Kaká faz nesta quinta-feira um novo reencontro com a Seleção, do outro lado também tem alguém com ótima relação com o time canarinho: Zico. Técnico do Iraque, o ídolo do Flamengo enfrentará o seu país pela terceira vez. Antes, quando comandava o Japão, o Galinho perdeu duas vezes para o Brasil. Primeiro na Copa das Confederações de 2005 e depois na Copa do Mundo de 2006. Ambas na Alemanha.
A chegada do Iraque à Suécia para o amistoso, aliás, foi surpreendente. Mais de 200 torcedores apareceram para acompanhar o desembarque dos jogadores no hotel. O time asiático, no entanto, está na 80ª colocação do ranking da Fifa. É o adversário teoricamente mais fraco do Brasil na era Mano Menezes. A Seleção, por sinal, aparece na 14ªposição, seu pior momento na história do ranking.