Melhorar as condições do sistema elétrico que supre o Estado de Minas Gerais, reduzindo o risco de interrupção e ampliando a oferta de energia. Esses são os principais objetivos das Subestações de Energia (SEs), que atendem todos os consumidores mineiros.
Segundo o superintendente de Planejamento, Engenharia, Operação e Automação da Distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Danilo Gusmão, elas são instalações elétricas de elevada potência, com equipamentos de manobra e transformação de tensão com alta confiabilidade de atendimento, efetuando, também, a proteção e o controle do sistema elétrico. “Antes de chegar ao consumidor, a eletricidade percorre um extenso sistema de transmissão, que começa nas usinas e, através das linhas, chega até as subestações”, explica.
Ainda de acordo com Gusmão, nas instalações o nível de tensão é abaixado para possibilitar a distribuição da energia pelos centros urbanos e zonas rurais. Para se tornar adequada ao consumo, a energia passa ainda por transformadores menores, instalados nos postes das ruas. Eles, então, reduzem a tensão para que a eletricidade possa ser entregue nas casas, indústrias e estabelecimentos comerciais.
Investimentos. Entre os anos de 2014 e 2018, a Cemig inaugurou 17 novas SEs, sendo três delas em Belo Horizonte e região metropolitana. As de maior destaque são as subestações BH Centro 2 e BH Calafate, que, juntas, receberam mais de R$ 130 milhões em investimentos para garantir a qualidade do fornecimento de energia elétrica à capital mineira, especialmente na região do hipercentro.
Somente com essas duas novas subestações, a capacidade do sistema elétrico em atender novas ligações e empreendimentos aumentou mais de 35%. Outros grandes centros contemplados com a implementação dos equipamentos foram as cidades de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Como frisa Gusmão, sem o suporte das novas SEs o risco de interrupção de energia poderia aumentar. “Isso porque a ampliação da quantidade de subestações melhora as condições do sistema elétrico, reduzindo a abrangência das áreas sujeitas a risco e, consequentemente, resultando em uma melhoria importante na continuidade do fornecimento de energia”, explica.
Resultados. De acordo com avaliações realizadas pela Cemig, cada nova subestação, em conjunto com as linhas de distribuição associadas, diminui em torno de dez vezes o risco de interrupção (queda) de energia quando comparado ao sistema elétrico anterior, sem a presença dos novos aparelhos. No total, a Cemig investiu cerca de R$ 160 milhões na construção das novas instalações.
“A Cemig tem como missão atuar no setor de energia com rentabilidade, qualidade e responsabilidade social. Buscamos sempre contribuir para o desenvolvimento do Estado, através da disponibilização de energia elétrica para áreas sem atendimento, da ampliação da capacidade de suprimento e do cumprimento dos requisitos regulatórios”, ressalta Gusmão.
Atualmente, Minas Gerais possui 400 subestações. Dessas, 52 estão distribuídas por Belo Horizonte e pela região metropolitana. Para os próximos cinco anos, a expectativa é a de que mais 50 SEs sejam inauguradas. O tempo mínimo de funcionamento dessas instalações elétricas é de aproximadamente 30 anos.