O sucesso de cada ação consiste em conectar os pontos que ainda não foram devidamente conectados. Essa questão serve de base para tudo que você for fazer na sua vida, seja na área profissional, gestão empresarial e no seu dia-a-dia.
Você deve estar se perguntando, Braga, como assim? Vou explicar com alguns exemplos da tecnologia:
Ainda criança, cheguei a ouvir música em fita k7 em um tocador de fitas Walkman ─ uma espécie de avô do iPod. Talvez você nunca tenha ouvido falar em fita k7 e no Walkman, mas era muito bom ter a mobilidade de ouvir música em qualquer lugar ─a parte ruim era ter de voltar a fita toda vez que queria ouvir a mesma música, sem falar que as pilhas mal davam para rodar o lado A e lado B da fita.
Na década de 1970, um professor chamado Dieter Seitzer, da Universidade de Nuremberg, na Alemanha, estudava, juntamente com alunos de seu grupo de estudos, uma forma de transmitir áudio em alta qualidade, através de linhas telefônicas. Com o surgimento das fibras ópticas, Seitzer resolve que sua pesquisa não é mais necessária, e muda o foco para a codificação de música. Surgia aí, o ‘MPEG-1 Layer 3’ (mp3).
Em meados da década de 1990, o mp3 chegou ao consumidor final e as músicas passaram a ser enviadas via Internet ─que também engatinhava com os milagrosos modem de 28kbps ─começava ali uma grande disruptura com o passado ─alguém conectou um ponto que não estava conectado e as pessoas podiam gravar as músicas em um disco compacto (CD).
No final dos anos 90, o Napster ‘conectou’ outro ponto ─o compartilhamento de músicas via Internet ─ e causou uma explosão de popularidade do formato mp3, levando da indústria fonográfica à loucura.
Em 2001, a Apple percebeu uma tendência ─as músicas dos usuários precisavam sair dos computadores e entrar nos bolsos ─surgia então o iPod, um tocador de mp3 que fez a verdadeira revolução que presenciamos até hoje. Steve Jobs conectou ideias que já existiam ─o formato mp3 já havia sido inventado e as pessoas já ouviam suas músicas no computador, mas não tinham a possibilidade de carregá-las no bolso.
É bem verdade que a pirataria povoou a internet por muito tempo ─era comum baixar um ‘pacote de vírus’ ao invés de músicas. Surgiu então, o serviços de streaming de áudio como o Deezer e Spotify, onde o usuário paga uma mensalidade e pode ouvir milhões de músicas ─tudo em alta definição e sem riscos de vírus.
Conectar pontos que nunca foram conectados é uma dádiva e não se resume à tecnologia.
O simples ato de sorrir ou de cumprimentar um desconhecido com um ‘bom dia’, pode fazer conexões importantes na vida pessoal.
Se apresentar profissionalmente para outra pessoa com uma forma única, pode conectar pontos que não haviam sido conectados anteriormente. Por exemplo ─Sou Paulo Braga e transformo a vida das pessoas por meio da comunicação e do marketing ─isso, certamente cria um estado de confusão e inquietação na cabeça da outra pessoa, que irá perguntar novamente o que eu faço ─ Sou Paulo Braga, administrador, jornalista e consultor de marketing ─a mensagem será fixada na memória do interlocutor.