O ônibus que levava ao enterro a família e os amigos de uma das vítimas do grave acidente com o ônibus que caiu no interior de um córrego no Barreiro, em Belo Horizonte, na noite de terça-feira (13), estragou e não conseguiu retornar com os passageiros no fim da tarde desta quinta-feira (15). Segundo os familiares de Thais Soares Moraes, 25, o veículo, cedido pela empresa TransOeste, fez o transporte até o Cemitério da Paz, na região Noroeste de Belo Horizonte, mas estragou antes do retorno.
A cozinheira Neide Aparecida de Barros, 46, que era amiga de Thaís, afirmou que o ônibus já estava com vazamento de ar durante o trajeto. Segundo ela, um mecânico que foi até o local relatou que o problema seria na mangueira do veículo. “Veio um mecânico, mexeu no ônibus e foi embora, porque não tinha como consertar. É uma falta de respeito da empresa. O motorista está aqui correndo risco de vida como nós”, afirmou.
Ainda segundo Neide, a troca do ônibus demorou cerca de uma hora para acontecer. Ela afirma que preocupação é que mais acidentes aconteçam. “Todos os ônibus estão ruins. Onde vamos parar? Até quando vamos correr riscos?”, questionou.
A reportagem questionou a empresa TransOeste sobre o caso, mas, até o encerramento desta reportagem, ninguém quis se pronunciar sobre o ocorrido. O funcionário responsável pelo atendimento afirmou que responderia até às 19h, mas, até às 20h10, ninguém atendeu à reportagem e não retornou as ligações.
Na manhã da última quarta-feira, a passageira Giane da Silva Coelho, 27, afirmou que o problema do ônibus veio em uma descida e que o motorista avisou que havia perdido o freio. A Polícia Civil disse que vai checar a possibilidade e a BHTrans informou que aguarda a perícia para avaliar as medidas a serem tomadas em relação à TransOeste.