Mais de 200 mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos em Uberlândia, Ituiutaba e mais 25 cidades do Brasil durante a Operação “After”, na manhã desta terça-feira (8). A ação tem como alvo organizações criminosas especializadas em tráfico de drogas, milícia armada e lavagem de dinheiro.
A ação é um desdobramento da Operação “Balada”, que desarticulou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro em 2021.
“Esses indivíduos tinham forte ligação com os alvos já investigados na primeira fase da operação. Foi identificada a continuidade das atividades criminosas desses indivíduos e a identificação de novos suspeitos”, explicou o delegado da Polícia Federal (PF), Rentao Beni da Silva.
De acordo com a PF, são 110 mandados de prisão e 136 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima.
Um dos mandados foi cumprido em Nova Serrana, no Centro-Oeste mineiro. As outras cidades ainda não foram divulgadas.
Em Uberlândia, foram presas 43 pessoas. Além disso, foram apreendidos 16 veículos, 53 celulares, 41 documentos e mais de R$ 13 mil em espécie.
Segundo a PF, mais de R$ 1 bilhão foi movimentado pelos grupos criminosos. Parte desse valor era utilizado para comprar fazendas, casas, apartamentos, embarcações e veículos de luxo.
Em relação ao tráfico de drogas, os envolvidos atuavam no fornecimento de grandes quantidades de cocaína para traficantes no Triângulo Mineiro.
Sobre a milícia carioca, foi identificado um grupo que atuava na região da Baixada Fluminense, que explorava o serviço clandestino de “segurança armada” para transporte de cargas de grandes empresas. Um servidor público da área de segurança do Rio de Janeiro atuava em conjunto, também explorando o comércio ilegal de fuzis.
Ainda conforme a Polícia Federal, foi possível chegar ao grupo a partir dos envolvidos que realizavam lavagem de dinheiro no Triângulo Mineiro. Esse “setor” da organização criminosa administrava as contas bancárias em nomes de terceiros e nomes falsos, para burlar a fiscalização.
As contas bancárias utilizadas no esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação judicial.