Com o objetivo de combater crimes ambientais de dano e a associação criminosa, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta sexta-feira (22), a primeira fase de uma série de ações voltadas a delitos relacionados a pichação na capital.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão contra alvos em diferentes pontos da cidade. Dois investigados foram presos e conduzidos até a Delegacia, em posse de substâncias similares a maconha e cocaína, tendo sido lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na Unidade Policial. Ainda nos locais de busca, foram arrecadados materiais utilizados em pichação como tubos de tintas spray, anotações e desenhos sobre a prática delituosa, máscaras, lanternas e celulares.
O Delegado que coordena os trabalhos policiais, Eduardo Vieira, conta que as investigações iniciaram em 2018, em razão de uma pichação feita no prédio da Diretoria de Transporte da Polícia Civil. Ele explica que pichar patrimônio público é tratado como dano qualificado, o que agrava a pena.
A partir desse caso, visando coibir a prática criminosa em patrimônios públicos e privados da cidade, o Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) ampliou os trabalhos investigativos relativos ao crime, sobretudo para averiguar as ligações entre os suspeitos que se associam para a prática do delito.
De acordo com o Delegado, os investigados estão em uma faixa etária entre 19 e 25 anos e pertencem a classes sociais diversificadas, morando tanto em regiões nobres da capital (imóveis de luxo), como também em áreas periféricas. Na Delegacia, um dos conduzidos admitiu que já foi pichador, mas decidiu abandonar a prática delitiva. Ele ainda relatou que, na ocasião, andava armado quando saía para pichar, a fim de se proteger.