Quase 800 presos, 115 armas de fogo apreendidas, mais de 700 carros recolhidos, sendo 81 furtados ou roubados, 750 pinos de cocaína e dez quilos de maconha apreendidos em menos de 24h em todo o Estado.
Os números são fruto da operação Tiradentes II, da Polícia Militar, realizada em todo o Brasil entre a última sexta-feira e o último sábado. Ao todo, foram quase 2.000 ocorrências e mais de 4.000 infrações de trânsito registrados.
A Polícia Militar não soube precisar quantos foram os presos e a quantidade de material apreendido em cada região do Estado, mas, segundo o Major Flávio Santiago, cerca de 40 mil pessoas foram abordadas em áreas como Belo Horizonte e região metropolitana, no Norte de Minas e na região Central do Estado. Para ele, prisão representa redução significativa na criminalidade.
“Se formos da teoria de que cada arma de fogo na mão de um infrator representa 100 a 150 delitos, conseguimos prevenir cerca de 15 mil ocorrências contra a vida e contra o patrimônio em todo o Estado”, afirmou.
O major também explicou que a maior parte dos delitos são referentes a tráfico de drogas, formação de quadrilha, embriaguez ao volante, receptação e roubo e explosão de caixas eletrônicos.
A operação também reuniu ações em Minas Gerais nas fronteiras com Bahia, Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. Essa foi a segunda vez que a operação aconteceu em Minas Gerais.
De acordo com a PM, contudo, o número de prisões dobrou e a quantidade de armas apreendidas foi três vezes maior que em 2017.
Apreensões. Ao todo foram 750 pinos de cocaína, mais de 1.100 pedras de crack, 15 litros de loló, quase 2.000 buchas e 83 tabletes de maconha, totalizando quase dez quilos, além de 115 armas de fogo e 731 veículos apreendidos.
Prisões. Questionado sobre para onde os quase 800 presos na operação seriam encaminhados, o Major Flávio Santiago informou que eles foram levados para delegacias de todo o Estado, mas que não saberia precisar quantos realmente ficarão presos. “Não dá para precisar. Agora é o processo de persecução criminal”, informou.
Embora o número de presos e apreensões seja expressivo, o major entende que parte dos detidos será liberada em breve.
“Infelizmente, muitos retornarão, mas a Polícia Militar não descansará em continuar a sua missão. Todo o processo de persecução criminal é ratificado em nossas legislações, muitas brandas. Uma lei de execução penal que permite que indivíduos retornem as ruas”, afirmou.
Próximos capítulos. Ainda segundo o major Flávio Santiago, expectativa da corporação é que ações continuem.
“As polícias militares vêm organizando novas empreitadas semelhantes a essas. A tendência é que ininterruptamente, nas fronteiras principalmente, haja esse tipo de ação”, afirmou.