A manhã desta quarta-feira (6) foi marcada por uma operação que apura a suspeita de venda de notas fiscais falsas por atacadistas da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-MG), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A operação “Darkside” foi deflagrada pela força-tarefa que conta com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual e Polícia Civil (PC).
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, em Contagem e Belo Horizonte, sendo quatro em empresas da Ceasa. Também foram expedidos pela Justiça outros quatro mandados de prisão.
Segundo nota divulgada pelo MPMG, a Receita Estadual descobriu um milionário esquema de sonegação fiscal envolvendo diversos atacadistas da Ceasa, que utilizavam empresas de fachada para simular a venda de produtos com alto custo de ICMS, principalmente bebidas quentes, achocolatados e produtos de higiene pessoal.
“Dentre os produtos envolvidos no esquema estão alimentos da marca Vianeza, produzidos na região de Contagem, e que seriam distribuídos a todo o Brasil pela principal empresa beneficiada pela fraude”, completa o texto.
Ainda segundo o órgão, a quadrilha investigada era composta de empresários do setor atacadista conhecidos como “papeleiros”, pois promovem a venda de notas fiscais frias para simular operações sujeitas ao imposto mediante o pagamento de percentuais sobre o valor das notas.
Em apenas seis meses, o esquema já teria rendido mais de R$ 5 milhões a uma das empresas investigadas. “Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de sonegação fiscal e organização criminosa. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 10 anos de reclusão”, completa o texto divulgado pelo MPMG.
Participam da operação três promotores de Justiça, cinco delegados de polícia, 20 agentes da polícia civil e 30 auditores fiscais. Uma coletiva de imprensa acontece às 10h, na sede do MPMG, para divulgação de mais detalhes da operação.