Orlando Sabino, o “louco do Triângulo”, que no final da década de 1970 teria matado 28 pessoas, entre fazendeiros e suas mulheres, está solto. Há dez dias, ele foi transferido do Hospital Psiquiátrico Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, onde passou 43 anos, para uma residência terapêutica na mesma cidade da Região Central de Minas. No entanto, na semana passada, deixou o lugar pela porta da frente e não voltou. O serial killer que ficou no imaginário das pessoas da época – fazendo suas vítimas entre os municípios de Paracatu, no Noroeste, e Capinópolis, no Triângulo Mineiro – recebeu alta psiquiátrica e é acompanhado pelo programa PAI PJ, do Tribunal de Justiça. Hoje, ele tem cerca de 65 anos.
De acordo com a coordenadora do programa, Fernanda Otoni, Orlando Sabino e outros quatro ex-internos do hospital têm liberdade de entrar e sair da residência terapêutica. Mas o secretário-adjunto de Defesa Social, Genilson Zeferino, garantiu que ele foi localizado e deve voltar para o manicômio. “Eu mesmo tenho medo. É um psicopata, um matador, alguém muito perigoso. Não se sabe ao certo quantos ele matou, pois Orlando fantasia muito”, afirma.
A saída do homem que foi um dos mais procurados pela polícia acontece no momento em que o sistema prisional do Estado luta por uma mudança na política antimanicomial em voga no país. Em Minas, há cerca de 500 criminosos com transtorno mental que foram condenados e não têm celas especiais exigidas por lei, segundo o coordenador de Atenção ao Preso da Secretaria de Defesa Social, Guilherme Augusto de Faria. Destes, 200 estão em presídios comuns e o restante aguarda vaga em liberdade.
As celas para loucos infratores são separadas das ocupadas pelos demais detentos. “E não podemos criar sequer um leito psiquiátrico, já que o Estado segue a Lei 10.216/2001, da reforma psiquiátrica. Foram investidos R$ 2 bilhões nos últimos oito anos no sistema prisional mineiro e não foi aberta uma só vaga para esquizofrênicos ou psicopatas”.
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eu era um bebe nao mim lembro mas minha mae teve que sair correndo varios dias pq temia ser morta por ele,eu mim pergunto ele morreu ou enternarao ele em uma clinica,violençia gera violençia ,mataram o pai ele si viu vulneravio e saiu por ai matando pessoas inocentes ,pensando que assim o pai estaria vingado e btriste mas nao justifica,sair por ai matando ,si bem que hoje temos varios orlandos por ai que matam estupram,roubam,mas a justiça de hoje e cega surrda E MUDA SI TODAS AS ATROSIDADES DE HOJE FOSSE NA DECADA DE SETENTA COM CERTESA ESSE MUNDO NAO ESTARIA PERDIDO E UMA NAÇAO DESPROTEJIDA A MERCE DE BANDIDOS SANQUINARIOS TAO GUAL ORLANDO SABINO
Existiram mesmo vários bodes expiatórios.
Porém, não é o caso do Orlando Sabino. Esse monstro causou traumas terríveis em muitas famílias, levando várias delas a destruição. Como é o exemplo da minha própria família. Assassinou minhá vó em uma fazenda em MG de forma cruel e espancou meu tio, que na época era uma criança de 7 anos e só não o matou, pois, pensou que já estivesse morto. Depois de preso é fácil parecer ser inofensível.
Infelizmente, a cultura Casagrande-senzala prevalece. O sujeito negro, sem nenhuma assistência, se torna presa fácil de um sistema de militares corruptos, que se aproveitaram das mazelas do cidadão e uma imprensa que na época era extremamente sensacionalista e publicava-se o que eles bem entendiam.
Só um ignorante para achar que os militares são o máximo e que o governo deles colocava “ordem e respeito”.
Orlando Sabino – O monstro de Capinópolis ?
Em 1972, completei 15 anos de idade, foi o primeiro ano em que estudaria no período noturno, fiquei feliz, pois teria todo o dia disponível, não mais precisaria acordar cedo para ir à escola. Nesta época morava em Capinópolis, MG, cidade que fica no pontal do triângulo mineiro, cidade pequena, pacata, onde quase não se tinha noticia de violência. Porém, no início daquele ano, começamos a ouvir sobre alguém que estava matando pessoas e animais, com requinte de crueldade, na região de Centralina/Canápolis, cidades que ficam perto de Capinópolis, e que o assassino estava se dirigindo a nossa região, no início ouvíamos apenas rumores, comentários, porém com o passar dos dias os boatos e os comentários foram aumentando, o cruel assassino estava chegando a nossa região, começou a haver alvoroço na população, passamos a ver e a ouvir sobre alguns atos violentos em torno de nossa pequena cidade, vou relatar alguns deles, que poderão não estar em ordem cronológica, como os fatos aconteceram, pois já se passaram mais de 36 anos e a memória pode não ajudar. Um dos fatos, que eu acho que foi o primeiro, foi a matança de bezerros em uma fazenda, que ficava a uns três Km de distancia do centro da cidade, isto fez com que todos passassem a ficar apreensivos, com medo, começou a chegar policiais da Capital, os rumores de mais matança de animais aumentaram, e o terror e histeria generalizada se instalou, ainda mais com a morte brutal de um casal de agricultores, que morava em uma chácara perto da cidade, a polícia passou a procurar o responsável com um aparato que jamais havíamos visto em nossa cidade, com grande quantidade de soldados e armamento, desproporcional aos fatos ocorridos, os boatos passaram a ser intensos, o medo aumentando em uma proporção bem maior aos boatos, em poucos dias a cidade estava bem mais cheia, devido aos agricultores que deixavam suas lavouras e vinham para a cidade com medo, e ao mesmo tempo a cidade ficava vazia, principalmente a noite pois todos tinham medo de sair de casa. Os comentários, os boatos iam a cada dia mais se espalhando. Notícias iam surgindo que o monstro havia sido visto. Um dia eu estava na esquina da Rua 102 com a 99, ou 101? não me lembro mais corretamente o nome da rua, mas foi na esquina onde ficava o bar do Negrinho Machado, quando chegou uma guarnição policial, que dizia ter passado a noite inteira na captura do monstro, um policial que estava com uma arma grande, que deveria ser um fuzil, disse a todos que havia visto o monstro cara a cara, e atirou nele, porém as balas no início não saíram, depois quando saíram pegavam no peito do monstro e ricocheteava, a notícia se espalhou como um relâmpago, logo chegou uma noticia que um agricultor havia lutado com ele de facão, muitas pessoas se dirigiram ao local, que ficava em uma fazenda às margens direita da rodovia que dava para Cachoeira Dourada, dei um jeito de pegar uma carona e fui também, chegando lá havia um Senhor todo cheio de si, demonstrando como havia lutado com o monstro com seu facão, fazendo mil estripulias, polícia por todo lado, nisto chegou uma equipe de reportagem, chamaram os curiosos que estavam no local, entre elas a molecada, incluindo eu, abriram o porta malas do carro da reportagem e tiraram varias armas, que pareciam umas “lafunchés” velhas que não mais funcionavam, nos entregou e nos pediram para, uns subirem em arvores, outros que ficassem atrás das arvores, outros deitados no chão, todos com as armas em posição de “tiro”, e após o cenário estar montado, passaram a filmar toda a cena, inclusive o valentão que havia lutado com o monstro, demonstrando toda a sua destreza, agilidade e habilidade com o facão diante das câmeras, dizendo que o monstro era bem alto, rápido como um saci, e que de seus olhos parecia sair fogo, e que quando estava para vencê-lo o mesmo sumiu como fumaça. A notícia correu como vento, o medo com uma velocidade maior. Outro dia disseram que o viram em uma plantação em frente o cemitério, foi um alvoroço, uma multidão correu para o local, todos querendo ver ou pegar o monstro, tinha policiais fortemente armados por todo lado, vasculharam toda a plantação, sem sucesso, os boatos já começaram a surgir no próprio local, uns diziam que “achavam” que ele tinha virado um cupim, outros diziam que “achavam” que ele tinha virado um tatu e fugido por um buraco de tatu, outros diziam que “achavam” que ele tinha fugido montado em um cavalo e que quando a polícia foi atirar nele o mesmo desapareceu como fumaça, mais tarde os comentários mudavam, já diziam que o monstro “tinha” virado cupim, tatu ou desaparecido como fumaça em cima de um cavalo. Em outra suposta aparição do monstro, foi usado cães, avião de combate de veneno deu vôos rasantes à procura do monstro, tudo isto em uma fazenda que ficava em torno de 1 km fora da cidade, na saída para Ituiutaba, novamente se ajuntou uma multidão, a procura novamente sem sucesso, outra vez os boatos surgiram, se tivesse 10 rodas de pessoas, surgiam 10 versões diferentes para o mesmo fato, até que um dia foi anunciado que o terrível monstro tinha sido capturado, e que seria apresentado a população na delegacia da cidade, onde pouco depois se formou uma grande aglomeração, todos queriam vê-lo, logo dei um jeito e fui ver o terrível e temido Monstro, que neste momento já tinha um nome, Orlando Sabino, cheguei ao local onde ele estava exposto à visitação pública, minha expectativa de vê-lo era grande, pois se dizia que era alto, forte, cara de mau, dos olhos saiam fogo, esperto como um saci, mais rápido que o vento, que tinha pacto com o “coisa ruim”, e como nunca tinha visto ou estado perto de um monstro, agora teria a oportunidade de ver um, tinha a certeza que veria um terrível monstro, e quando o vi, “decepção”, vi apenas um homem franzino, pequeno, o rosto, em relação a idade que diziam ter, era muito estragado pelo tempo, apresentando uma idade bem maior. O coitado estava muito assustado, como um pequeno animal acuado, demonstrando em suas feições um medo terrível, daqueles olhos que achei que veria sair fogo, o que vi saindo foi um pedido de socorro, como que dizendo “mamãe me ajuda”. Esta foi a minha impressão, a imagem que eu vi e tive de Orlando Sabino, fiquei frustrado, pois não vi o terrível monstro. Tinha visto sim apenas um pobre coitado, que parecia estar mais assustado que toda a população de nossa cidade.
A partir da captura de Orlando Sabino e sua transferência, creio que para Belo Horizonte, com o fim da histeria e do medo, começaram a surgir muitas dúvidas e perguntas sem respostas, pois apesar de toda a boataria, todo comentário, tínhamos visto e presenciado apenas dois fatos concretos em nossa cidade, a morte dos bezerros e o assassinato do casal de idoso, que morava em uma pequena fazenda bem próxima a cidade, os demais boatos eram que alguém tinha visto o monstro em determinado local, que o mesmo tinha matado animais de criação para comer, que tinha feito fogo para se aquecer ou cozinhar para se alimentar, porém nada comprovado, e não ficávamos sabendo quem ou de onde se iniciava os boatos, e quanto à justificativa para o fato do mesmo aparecer em diversos lugares diferentes, distantes um do outro, em um tempo que seria impossível para uma pessoa andando a pé percorrer, o que se dizia era que ele tinha parte com o “coisa ruim”, por isto poderia andar na velocidade do vento, desaparecer em uma nuvem de fumaça, boatos que durante o ocorrido não ouvi ninguém questionar, porém após sua captura iniciou-se o questionamento, pois o aparato policial/militar foi muito desproporcional ao que realmente havia ocorrido, as armas e equipamentos usados não era compatível com a simples procura do assassino de um casal de idosos, de uma cidadezinha encravada no pontal do triângulo mineiro, pois com a morte dos bezerros jamais o governo federal ou estadual iria se preocupar, a não ser somente as autoridades policiais local, por isto novos comentários começaram a surgir, inclusive que a polícia havia prendido algumas pessoas na região, e que foram levadas da cidade sob sigilo, sem nenhuma divulgação e/ou confirmação das autoridades, por isto ficou em uma parte da população da cidade a pergunta, “Aquele pobre coitado foi realmente o “MONSTRO DE CAPINÓPOLIS?. Quem ou o que teria sido o tal monstro
William de Almeida.
MG. 12/ maio/ 2008
em 1972, quando orlando sabino foi preso moravamos em abadia dos dourados, tinha 16 anos de idade,meu pai tinha terras justamente na regiao onde mais comentava que orlando sabino agia. todos fugiam de suas propriedades com medo do tal homen que niguem conseguia pegar , pois diziam que o mesmo era tao raido que ninguem conseguia dete-lo. agia na noite , atacava currais e atirava sem perdao.policiais chegavam a regiao, mas nada do tal homen misterioso, ate que para alivio dos moradores, a noticia que o tal matador havia sido preso em ipiaçu no pontal. um dia a policia apareceu nacidade com um crioulo preso que aparentava mais estar morrendo de fome e medo, um professsor mais experiente disse; acharam um bode expiatorio , esse coitado nunca matarianinguem, passaram os anos e veio a verdade orlando sabino tinha que ser preso, mas para ser tratado. hoje ficamos a imaginar a covardia que esse militares eram capazes de fazer, e quantos anonimos foram mortos por esse covardes,