Nesta semana, aqui no Administradores, noticiamos o caso do bibliotecário Cristian Santos, que transformou a falta de recursos materiais e o bullying sofrido por ser pobre em combustível para estudar e se formar em nada menos que cinco graduações, incluindo um doutorado. Um dos relatos mais contundentes dele, nas entrevistas que tem dado, é sobre como naquela época pouca gente, além da família, acreditava que ele pudesse chegar tão longe.
O caso de Cristian, especificamente, envolve outros fatores, como as dificuldades financeiras da família. Mas ele tem pontos importantes em comum com os de outras pessoas que também costumavam ser desacreditadas no ambiente escolar e em seu meio social. Grandes nomes mundiais, inclusive, já foram rejeitados por escolas, famílias e até pelas suas próprias empresas, classificados muitas vezes como pessoas de baixa capacidade intelectual e ‘sem perspectiva de futuro’.
Abaixo você confere a história de alguns nomes tidos como problemáticos e desinteressados, fosse na escola, na faculdade ou nas empresas em que passaram, mas mais tarde se provaram bem acima da média:
Albert Einstein
Einstein é conhecido em todo o mundo por sua inteligência fora do normal. Responsável por algumas das descobertas mais revolucionárias da ciência, o físico não era o melhor aluno de sua turma e não tinha muito interesse em ser. Segundo o físico Michael Shara, do Museu de História Natural dos Estados Unidos, Einstein desprezava as aulas e tinha sérios problemas com algumas disciplinas ofertadas no Ginásio Luitpold, em Munique, Alemanha, local onde concluiu o ensino fundamental. De acordo com Shara, Einstein foi obrigado a ouvir frases do tipo “Você não vai dar em nada na vida” de alguns professores, uma vez que seu pouco interesse pelas matérias era interpretado como “burrice”.
A grande reprovação de sua vida acadêmica se deu quando tentou uma vaga na Escola Politécnica de Zurique. No teste de exatas, Albert surpreendeu. Mas nos demais testes foi um fracasso. Porém, ele tentou novamente dois anos depois e recebeu a carta de aprovação. Apenas alguns anos depois, em 1900, o físico desenvolveu teorias que até hoje são tidas como “revolucionárias” e insubstituíveis.
Bill Gates e Steve Jobs
Bill Gates e Steve Jobs são mais que exemplos de empresários de sucesso. Fundador da Apple, Jobs faleceu em 2011, mas até hoje é reverenciado por fãs em todo o mundo. Porém, não foi sempre assim. Antes dos famosos iPhones e iPads, o empresário americano desistiu da faculdade aos 19 anos, visando criar uma empresa própria. Após alguns trabalhos em diversas companhias, tal como HP e Atari, deu início à construção da Apple, em 1976. Alguns anos depois, com a empresa já consolidada, acabou demitido pelos acionistas. Em 1996, no entanto, voltou à empresa e ajudou a transformá-la no que ela é hoje: a companhia mais valiosa do mundo, segundo um estudo norte-americano de marcas e empresas.
Algo parecido aconteveu com Gates. O dono da Microsoft, principal empresa de software do mundo, largou os estudos aos 20 anos, visando desenvolver um sistema de interpretação de linguagens de computador junto com o seu colega Paul Allen, que mais tarde também se tornou fundador da Microsoft.
Através de produtos como o Windows e seus derivados, Gates transformou a Microsoft em um império da tecnologia e conquistou nada menos que 54 bilhões de dólares. Atualmente, Gates é o homem mais rico do mundo, segundo a Forbes.
A questão é que Jobs e Gates não eram excepcionais alunos na época da escola. Embora dominassem bem assuntos relacionados à área de tecnologia, não conseguiam se encaixar no formato escolar. Isso fez com que alguns professores e colegas de turma acreditassem que ambos não passariam de meros “nerds” e que sofreriam por toda a vida sem nenhum trabalho ‘de futuro’. Alguns devem ter dado tapinhas nas costas dos dois mais tarde.
Michael Phelps
Michale Phelps, considerado por muitos um dos maiores atletas olímpicos de todos os tempos, é dono de nada menos que trinta e sete recordes mundiais, além de ser o esportista com o maior número de medalhas de ouro conquistadas em uma única edição das Olimpíadas: oito.
Porém, o nadador não era tão premiado assim na escola. Quando pequeno, Phelps foi classificado como um aluno “incapaz de se concentrar” pela professora de sua escola primária.
Segundo ele, em seu primeiro pódio em Olimpíadas (Atenas, 2004), a afirmação de sua professora foi repetidamente lembrada em sua cabeça.
Aos 9 anos, Michael foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção por hiperatividade, o que só ajudou na teoria de que ele seria um adulto problemático e de pouco sucesso profissional. No entanto, eles estavam errados. Em 2015, o nadador se tornou, segundo a People With Money, o esportista mais bem pago do mundo, com U$$ 75 milhões de rendimentos.
Thomas Edison
A lâmpada que está acesa aí onde você está agora não existiria se Thomas Edison não tivesse criado a primeira tecnologia do tipo. Em toda sua vida, Edison registrou singelas 1.093 patentes, segundo o governo dos Estados Unidos. Portanto, podemos dizer que ele é um dos grandes precursores da revolução tecnológica do século XX. Porém, antes de ser um inventor de renome, Edison foi classificado por alguns professores como alguém “burro demais para aprender qualquer coisa”, já que seu negócio era mesmo inventar coisas e não decorar regras. Aliás, isso foi um dos principais combustíveis para Thomas: provar que suas invenções não eram sem sentido e que ele estava certo. E assim o fez.
Charles Darwin
O pai da teoria da evolução, o naturalista britânico Charles Darwin, era, segundo suas próprias palavras, considerado por todos os mestres e pelo pai um garoto comum, intelectualmente bem abaixo do padrão médio.
Quando estudante, desistiu da carreira médica e foi rejeitado por amigos e familiares que não acreditavam em suas ideias evolucionistas, contrárias ao criacionismo pregado amplamente naquela época.
E você: conhece mais algum exemplo de alunos não tão bons na escola, mas que tiveram um excelente resultado profissional em suas escolhas? Deixe seu comentário.