A secretária de Agricultura de Capinópolis, Marcela Alves, falou a nossa reportagem sobre o apoio da Administração Municipal para o pessoal que está construindo as fossas sépticas através da sua secretaria e da Secretaria de Obras. “Está sendo feito um trabalho de conscientização para evitar que o pessoal seja multado e também no sentido de orientar tecnicamente sobre a importância de se ter fossa séptica na propriedade. Na parte financeira, eles vão economizar bastante com a ajuda dada na perfuração das fossas.
Segundo Marcela, como o local de construção das fossas é na zona rural, nas conhecidas chácaras do Neguta, os demais produtores estão convidados a ir ver como esse projeto está sendo desenvolvido, caso haja interesse de implementá-lo em suas propriedades, tendo em vista o baixo custo.
Para a moradora Luzia, o apoio da prefeitura e da Emater na construção das fossas sépticas está sendo muito bom, um serviço bem vindo. “Vai evitar muita coisa, principalmente os pernilongos, que são muitos mesmo, e vai dar uma qualidade melhor para a água que a gente está bebendo, pois acho que essas fossas antigas infiltra tudo e contamina as águas. Nós estamos tendo um apoio muito bom da secretaria de agricultura, da Emater, porque se fosse para a gente escavar as fossas sépticas no muque (força do braço) não ia dar não”, disse.
A engenheira agrônoma da Emater-MG, Waldeny Maria da Luz, disse que a Emater está orientando como é feita a construção da fossa séptica de evapotranspiração e conforme o número de moradores em cada chácara está sendo dimensionada a fossa. Quando a obra estiver concluída a Emater emitirá um laudo comprovando que a fossa foi feita da maneira correta para que a fosse séptica fique documentada e assim, quando a polícia ambiental exigir, exibir a documentação.
Segundo ela, é importante que os proprietários da região rural estejam sempre em contato com a Emater, para receber orientações, tanto na questão das fossas sépticas, quanto em relação a cisternas e poços artesianos. “Além das fossas sépticas, os outros dejetos que têm na propriedade rural também, porque existem outras formas de tratamento, a exemplo dos dejetos de suínos, bovinos e outros”, disse Waldeny, lembrando que o foco da fiscalização agora está sendo as fossas sépticas, mas isso não quer dizer que o produtor rural está isento de outras fiscalizações.
Vale lembrar que as fossas sépticas que estão sendo construídas nas Chácaras do Neguta com a importante parceria da Administração Municipal, através da Secretaria de Agricultura e da Emater apoiando o pessoal para que eles tenham um custo menor, com o uso da retroescavadeira, é porque apesar da proximidade com a zona urbana, o local onde estão as chácaras é considerado zona rural.
Como algumas pessoas estão dizendo que é a prefeitura que está exigindo a construção das fossas, Waldeny Maria da Luz esclareceu também que a função, tanto da Emater, quanto da prefeitura é de ajudar os moradores para que eles não sejam multados. “Essa exigência não é nossa e sim da Polícia Ambiental, porque segundo eles, a partir de 2018 Capinópolis estará na rota de fiscalização, a qual já está sendo feita em regiões como Uberaba, Campina Verde, Gurinhatã (MG). O que estamos fazendo é alertando os produtores. Não estamos obrigando ninguém a fazer, fica a critério de cada um. A minha propriedade vai ser visitada? Vai ser multada? Nós também não sabemos. Pode ser até que eles nem cheguem lá, mas e se chegarem? O nosso intuito é que se a fiscalização chegar as pessoas já estejam adequadas e se livrem da multa.”
Segundo informou a polícia ambiental a nossa reportagem, as multas variam de R$4 mil a pouco mais de R$80 mil reais.