Uberlândia, Minas Gerais. Um caso de abuso infantil chocou Uberlândia nesta semana, quando um homem de 40 anos foi preso por torturar seu enteado de apenas 8 anos. Segundo relatos da Polícia Militar (PM), o homem obrigou a criança a comer mato e brita, em um ato de crueldade que deixou todos horrorizados.
O crime aconteceu na última terça-feira (12), no Bairro Esperança, dentro do estacionamento do prédio onde a família residia. A situação foi ainda mais alarmante pois foi filmada por um vizinho, que não hesitou em denunciar o caso à PM.
Nas imagens gravadas, é possível ver o padrasto forçando o menino a comer mato e pedras, enquanto o ameaçava e agredia verbalmente. Mesmo diante das lágrimas e da recusa da criança, o agressor não demonstrou nenhum tipo de empatia, continuando a infligir dor e humilhação ao menino.
A mãe da vítima, uma mulher de 34 anos, também foi presa por omissão, após testemunhar toda a cena de violência sem intervir.
De acordo com relatos do vizinho à polícia, ela permaneceu passiva diante das agressões, negando inicialmente os fatos até que as imagens da tortura foram exibidas pelas autoridades.
O crime revela um cenário ainda mais sombrio quando se descobre que tanto o padrasto quanto a mãe são usuários de drogas, fato que certamente contribuiu para a gravidade da situação e para a negligência em relação ao bem-estar da criança.
É importante destacar que este não foi um incidente isolado. Segundo relatos de vizinhos, as agressões contra o menino eram recorrentes, evidenciando um padrão de abuso que nunca foi devidamente confrontado pela mãe.
O agressor admitiu o crime, alegando ter se irritado com o enteado por ele ter comido cinco ovos durante o almoço e ainda querer mais comida. A resposta do padrasto à criança, insinuando que ele deveria comer “mato e terra”, revela uma crueldade e desumanidade inaceitáveis.
Diante da gravidade dos acontecimentos, o Conselho Tutelar foi acionado e a criança foi encaminhada para uma casa de acolhimento, onde receberá o suporte necessário para superar este trauma.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o caso segue sob sigilo, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente. O agressor foi preso em flagrante pelo crime de tortura, qualificado por ter sido praticado contra uma criança, enquanto a mãe responderá por omissão.