Minas Gerais voltou a figurar como o Estado com maior número de casos de febre amarela no País. Depois da epidemia de grandes proporções do ano passado e do esforço para aumentar a cobertura vacinal, a expectativa de especialistas era a de que em 2018 a febre amarela fosse menor em território mineiro.
Boletim divulgado nesta sexta-feira, 16, pelo Ministério da Saúde, no entanto, mostra que a prevenção no Estado ainda está longe de ser ideal. Minas registra 225 casos da doença, com 76 óbitos. São Paulo, apesar de mais populoso, vem em segundo lugar, com 181 casos e 53 mortes (e cinco casos, com três mortes, na capital). O Rio tem 57 casos registrados, com 24 óbitos.
Somente este ano, foram 460 casos de febre amarela no País. Em uma semana, houve um aumento de 111 confirmações. As mortes também subiram de forma expressiva. Os números mais recentes indicam que 153 pessoas morreram em decorrência da infecção neste ano. Semana passada, os dados registravam 97 óbitos.
Apesar do aumento de casos, campanhas de vacinação realizadas em São Paulo e Rio apresentam baixa adesão. Dados preliminares dos Estados indicam que, até esta sexta-feira, 4,3 milhões de pessoas foram vacinadas, sendo 3,9 milhões com doses fracionadas e 379,9 mil com doses padrão. O número corresponde a 25,5% do público-alvo previsto nos dois estados. A recomendação é que os estados continuem vacinando até atingir alta cobertura.
A meta é vacinar 20,4 milhões de pessoas, sendo 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio. Neste sábado, São Paulo faz um dia D de Mobilização, para aumentar o número de pessoas protegidas contra a doença. A previsão é de que a campanha no Estado termine neste sábado. Não há ainda nenhuma formalização sobre a prorrogação da campanha.
O Rio deverá manter a campanha com doses fracionadas até que toda população esteja vacinada. Na Bahia, a campanha de fracionamento da vacina de febre amarela terá início na segunda. O estado pretende vacinar 3,3 milhões de pessoas em 8 municípios