A maioria dos adultos jovens concordam que a penetração vaginal é sexo, mas menos de 20% acha que o contato oral conta como relação sexual, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos. A pesquisa envolveu 477 estudantes universitários, em sua maioria brancos heterossexuais do sexo feminino, matriculados em um curso da sexualidade humana.
A maioria (98%) dos participantes tinham 24 anos de idade ou mais jovens, sendo a idade média a de 20,7 anos. A atitude em relação ao sexo oral representa uma mudança dramática e repentina no pensamento desde 1991, quando uma pesquisa similar constatou que quase o dobro de jovens adultos (cerca de 40%) classificavam o contato oral-genital como sexo.
De acordo com os autores do estudo, os programas de educação sexual que se concentram principalmente nas relações sexuais vaginais e penianas podem desempenhar um papel na dissociação de estimulação oral-genital como parte do sexo.
Os participantes responderam às seguintes perguntas:
Você considera que teve sexo com alguém se o comportamento mais íntimo você foi envolvido em:
-Penetração vaginal?
-Coito anal?
-Contato oral com os genitais do parceiro?
-Se o parceiro toca seus genitais?
– Contato oral com os seios?
-Toque nos seios?
-Beijos profundos?
Entre as descobertas notáveis da pesquisa, destacam-se os seguintes dados: apenas 20% dos entrevistados disseram que o contato oral com os genitais de seus parceiros que constituem o sexo. Menos de 80% dos participantes consideraram penetração anal como sexo. Os homens mostram-se mais propensos a considerar certas práticas como sexo do que as mulheres. Para o toque do genital 13% dos homens disseram ser sexo, contra 7% das mulheres. Já a estimulação oral dos seios foi considerada sexo por 9% deles, contra 4% delas.
O toque dos seios representou sexo para 8% dos homens e apenas 3% das entrevistadas. Por que a preocupação? O sexo oral tem se tornado cada vez mais aceitável entre os jovens nos últimos anos, talvez porque ele é visto por alguns como uma alternativa menos arriscada para gravidez e DSTs. Mas os médicos alertam que o sexo oral pode levar a doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, herpes, sífilis, gonorreia, e vírus do papiloma humano (HPV), que tem sido associado ao câncer cervical. Com isso, os pesquisadores visam incentivar pais e professores para aumentar a conscientização sobre as práticas sexuais.