Quem precisa usar o metrô de Belo Horizonte ficou surpreso, na manhã desta quarta-feira (26), ao saber da paralisação da categoria em horários pré-estabelecidos. A categoria reivindica uma data para a vacinação contra o Coronavírus.
A decisão foi divulgada na noite dessa terça-feira (25). Em horários de pico, das 5h30 às 10h e das 16h às 20h, o serviço não sofre alteração.
O pedreiro Gilvan Pereira, de 50 anos, afirmou que não sabia da paralisação, mas concordou com o ato.
“Cheguei à estação Eldorado e vou trabalhar no Gameleira, não sabia que iam parar. Os horários de paralisação não vão me afetar. Na minha opinião, eles devem ser vacinados com prioridade. É muita gente no metrô o tempo todo”, explicou.
O modelo Angel Alessa, de 21 anos, concorda com a prioridade, mas acredita que a paralisação não deveria ocorrer.
“Eu fiquei sabendo pouca coisa da paralisação. Todo mundo deveria ser vacinado, mas, no caso dos metroviários, tem que ser com urgência. Não concordo também em parar, a população não é culpada. Mas, no Brasil, as coisas são funcionam dessa forma”, afirmou.
Liminar
Os metroviários acataram uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que fosse mantido o transporte em horário de pico. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 30 mil.
Segundo o sindicato da categoria, desde o início da pandemia, 14% dos trabalhadores foram infectados e quatro morreram.
Promessas do metrô
O capítulo 5 da reportagem especial “A revolução do trânsito”, publicado nesta quarta-feira (26), traz as expectativas em relação às promessas para o metrô.
A previsão do governo é que a privatização do serviço ocorra em 2022 e já existem pelo menos dois grupos estrangeiros interessados em assumir a operação.
Para saber mais sobre o assunto, leia “A revolução do trânsito”, em O TEMPO.