UBERLÂNDIA, TRIÂNGULO MINEIRO – Trinta e sete ocorrências policiais foram registras nos seis primeiros meses deste ano no interior do Parque do Sabiá. A grande maioria delas – 29 – estão relacionadas a crimes contra o patrimônio. Ainda foram registradas uma contra pessoa, uma envolvendo uso de drogas e seis que não foram especificadas. O número é 5% menor em relação ao primeiro semestre de 2015, quando houve 39 ocorrências. Durante todo o ano passado, foram 73 ocorrências, segundo dados da Polícia Militar (PM).
De acordo com o major Miller Michalick, os números são positivos, considerando que houve decréscimo nos registros e notou-se crescimento de frequentadores do parque. “É claro que a gente precisa melhorar e sempre levar mais segurança para a população. Mas temos que levar em conta que a população cresceu e continuamos com o nosso trabalho efetivo”, afirmou Michalick.
Sobre ações da PM, Michalick disse que são realizadas interna e externamente. “Nos últimos meses, aumentamos o policiamento no contorno do parque, e, periodicamente, uma viatura também passa pelas vias internas. Também fazemos panfletagem de veículos, orientando os usuários a não esquecerem de trancar os carros e não deixar objetos a mostra. Ainda orientamos, caso seja notada atitude suspeita, entre em contato pelo 190”, afirmou o major.
De acordo com a Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), responsável pelo parque, pelo menos sete agentes patrimoniais trabalham por turno, divididos nas portarias e pelas vias do parque.
O responsável pelos agentes, que não quis se identificar, disse que o trabalho é de orientação e suporte aos usuários. “A gente nota também, muito carros com vidro aberto e objetos de valor a mostra. Nós orientamos, mas falta atenção das pessoas também”, disse.
Casos
Na semana passada, um empresário teve o carro roubado no estacionamento do Parque do Sabiá quando se preparava para ir embora. De acordo com o empresário, dois homens pararam em um outro veículo, ao lado, e um deles, portanto uma arma, anunciou o assalto. O agente patrimonial do parque que estava próximo ao local no dia do fato, que não quis se identificar, disse que agiu no momento. “A vítima pediu para que eu fechasse o portão, mas eu não podia trancar uma pessoa armada dentro do parque. Dei meu suporte, oferecendo para entrar em contato com a polícia, que é o que a podemos fazer”, disse.
O aposentado Carlos Alberto Troi, de 58 anos, disse que estava no parque no momento do assalto, e, por isso, irá trocar o horário da caminhada. “Acho que falta um pouco de segurança, mais vigilância. Eu sempre vinha mais à noite, agora vou começar a vir à tarde”, afirmou Troi.