Duas pessoas ficaram feridas na noite de segunda-feira (13) após serem atingidas por telhas coloniais que despencaram de uma altura de cerca de 2 metros no antigo Hotel do Ouro, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas acompanhavam uma partida de futebol em um campo existente no local.
Conforme o Corpo de Bombeiros, eles foram acionados na rua Santa Cruz, no bairro Morro da Cruz, e encontraram três pessoas atingidas pelos escombros do telhado colonial. Um deles recusou atendimento médico, mas as outras duas vítimas foram socorridas ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII pela corporação.
Uma mulher de 39 anos sofreu contusão na cabeça e se queixava de dor no pescoço. Além dela, um homem de 32 anos com dor no pescoço e na lombar também foi socorrido. A Defesa Civil foi acionada para avaliar a estrutura.
O coordenador da Defesa Civil Municipal de Sabará, Elias Magalhães, conta que o Hotel está interditado desde 2006. “O proprietário faleceu e os filhos foram tocando. Falta muita manutenção por parte dos proprietários, pois hoje parte do antigo hotel está alugado. Pelo que me falaram, no local do acidente funcionava um bar”, detalhou.
Após a vistoria, a Defesa Civil constatou que o estabelecimento não tinha alvará municipal de funcionamento e nem Plano de Segurança de Combate a Incêndio. “Hoje eu vou retornar lá para terminar de fechar. Para voltar a funcionar qualquer coisa no local, é preciso ter o plano de segurança e o alvará. Enquanto estiverem ilegais, a responsabilidade é toda deles”, concluiu Magalhães.
Outro lado
O TEMPO conversou com Lucas Henrique de Souza, que aluga o espaço dos antigos proprietários do Hotel do Ouro. “Acontece que a notícia foi divulgada de forma exagerada a princípio, falaram que morreram três pessoas e na verdade foram apenas dois feridos leves. Caíram apenas algumas telhas de uma varanda colonial. Quanto à interdição do local, só o proprietário pode falar, pois eu aluguei há pouco tempo. Não uso a construção do casarão, mas apenas alugo a parte externa para eventos e as quadras. É como se fosse um clube”, explicou.
Segundo ele, o hotel tinha 80 anos de existência e, por isso, todos ainda conhecem o local pelo nome de Hotel do Ouro, mesmo a hospedagem não estando funcionando há vários anos. “As pessoas que se feriram estavam em um jogo de futebol, que é o que tem praticamente todo dia aqui. Eles foram para baixo do telhado de uns dois metros e uma parte dele caiu. Foi isso que aconteceu”, conclui Souza.