Duas passageiras do transporte coletivo de Uberlândia reclamam da falta de assistência das empresas responsáveis pelo serviço após sofrerem acidentes enquanto entravam nos ônibus.
A aposentada Geralda de Lourdes, que está com a perna direita engessada, pegou um ônibus, que faz a linha Aurora-Terminal Santa Luzia, na porta da UAI São Jorge. No momento em que entrava no coletivo pelo elevador, o aparelho teve um mau funcionamento e a projetou para cima.
Por conta do acidente, Geralda teve um corte na cabeça e começou a sentir dores no pescoço, e retornou até a UAI para buscar atendimento. Ela não culpa o motorista do coletivo pelo acidente, que trabalhava sem auxílio do cobrador, mas reclamou da falta de assistência por parte da empresa responsável pelo transporte.
“Culpada é a empresa, que põe esses ônibus velhos na rua pra circular. O motorista não teve culpa. Não fui procurada por ninguém, parece que não aconteceu nada”, disse.
A auxiliar de cozinha Daniele Cristina também passou por situação semelhante. Após sair do trabalho, embarcou com os dois filhos em um ônibus, que também não tinha cobrador. De repente, o motorista arrancou e a porta do coletivo prendeu o pé direito de Daniele.
Mas a maior preocupação de Daniele, no momento, é que sua filha acabou ficando do lado de fora do ônibus.
“O que mais me preocupou foi minha filha do lado de fora. Meu filho já estava lá dentro, eu tava entrando no ônibus. No que eu entrei, fiquei presa na porta e a minha filha do lado de fora, batendo no ônibus pra entrar pra dentro. O pessoal dentro do ônibus ficou gritando que tava presa, mas fiquei mais preocupada com ela do lado de fora”, disse.
Por conta do acidente, Daniele acabou fraturando o pé direito e ainda teve uma lesão em um tendão. Ela precisou se afastar do trabalho e está começando a passar dificuldades dentro de casa. E disse que também não recebeu nenhuma assistência.
“No outro dia, o fiscal falou pra mim que ele não tinha conhecimento do fato. Mas falou que ia entrar em contato comigo pra dar toda assistência, mas não tive nenhuma”, disse.
A TV Vitoriosa solicitou nota junto às empresas responsáveis pelo transporte público de Uberlândia, mas não teve resposta até a exibição da reportagem, no programa Chumbo Grosso 2ª Edição.
Informações: Carlos Vilela