A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) comunicou, na manhã de sexta-feira (26), que encerrará o acolhimento da população de rua por meio do programa “Canto de Rua Emergencial”, instalado na Serraria Souza Pinto, na região Central de BH. A unidade permanecerá aberta às pessoas em situação de rua pelo próximo mês, mas portas serão fechadas em 30 de junho – e atendimento passará a ser oferecido apenas nos núcleos específicos para esse público no município. O espaço da Serraria pertence à Fundação Clóvis Salgado (FCS) e será reformado pela PBH como parte do acordo para devolução.
Criado pela Pastoral Nacional do Povo de Rua, o “Canto de Rua” começou com patrocínio do Instituto Unibanco, mas foi assumido pela PBH em setembro passado e com previsão de término em dezembro. Contudo, à ocasião, a administração do município optou por manter a parceria, e encerrá-la apenas em março.
Chegado o mês em que completou um ano da pandemia de Covid-19 em Belo Horizonte, a Fundação Clóvis Salgado cedeu novamente o espaço e foi acordada uma ampliação do contrato, que terminaria agora no domingo (30). Entretanto, a parceria foi outra vez renovada e a população em situação de rua será atendida até 30 de junho. “De 1º a 31 de julho, o espaço passará por reparos para devolução à Fundação Clóvis Salgado”, detalhou a PBH por meio de nota nesta sexta-feira.
Inaugurado em junho de 2020, o espaço “Canto de Rua” auxiliou 7.833 pessoas – até este mês de maio. O programa oferece distribuição de lanches, banhos, atendimentos sociais e doações de roupas aos moradores de rua.
População não será desassistida, afirma PBH
O encerramento do programa “Canto de Rua” não implicará na desassistência da população em situação de rua, segundo afirmou a Prefeitura de Belo Horizonte. “Os serviços de caráter continuado de atendimento e acompanhamento a esse público estão sendo reforçados, com ampliação do atendimento social, chuveiros, banheiros, guarda de pertences pelos Centros de Referência da População em Situação de Rua e oferta de alimentação gratuita pelos Restaurantes Populares”, informou em nota. Além, será também mantido o Serviço de Acolhimento Provisório e Emergencial, que recebe moradores de rua com suspeita ou confirmação de Covid-19, até o término da campanha de imunização desse público.
A Prefeitura de BH começou na quarta-feira (26) a aplicação das primeiras doses da AstraZeneca nas pessoas em situação de rua. Recebem o imunizante contra a Covid-19 todos aqueles que compõem esse público e estão cadastrados no CadÚnico.