A Polícia Civil prendeu um traficante conhecido como “Rodrigo Maquininha”, de 39 anos, acusado de manter um delivery de drogas para clientes de alto poder aquisitivo do bairro Buritis, onde mora, na região Oeste de Belo Horizonte, e em bairros vizinhos como o Belvedere, na região Centro-Sul.
Maquininha foi preso junto com o cunhado dele, de 23 anos, que é considerado o braço direito dele no comércio de cocaína e de maconha.
De acordo com o delegado do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), Gustavo Barletta, foram quatro meses de investigações. Ficou apurado que Rodrigo Maquininha mantinha um disque-droga e ele mesmo fazia as entregas.
Nos últimos quatro meses, o faturamento dele foi de mais de R$ 100 mil, segundo o delegado, e Maquininha chegou a comprar um veículo Renault Sandero pagando à vista.
Maniquinha também mantinha um grupo no WhatsApp para comercializar a droga, que ele chamava de camisa, por ter uma empresa fictícia de confecção, segundo o delegado.
“Ele abriu legalmente uma empresa com CNPJ de uma revendedora de roupas e ele usava essa empresa como fachada para aferir seus lucros. Se a pessoas quisesse pagar a droga no cartão de crédito ou débito, ele ia até ao local e levava uma máquina, por isso o seu apelido de Rodrigo Maquininha. Se a pessoa quisesse pagar no crédito, o valor era acrescido 5% sobre o valor total da compra da droga”, disse o delegado.
O delegado apreendeu uma balança de precisão, embalagens para drogas e porções de cocaína na casa de Maquininha. O preso nega ser o dono do material.
“O que eu posso dizer é que isso aconteceu há muito tempo atrás e que no momento eu não estava mexendo mais. Vendi drogas poucas vezes. Estou arrependido do pouco que eu fiz. Foi um momento de fraqueza”, disse Maquininha, que diz já ter trabalhado como motorista e que vende roupas pela internet.
O cunhado dele admitiu já ter passagens por drogas e que havia um mandado de prisão em aberto contra ele. No entanto, ele nega qualquer envolvimento com Maquininha.