O arquivamento do inquérito civil sobre as pedaladas fiscais da presidente Dilma (PT) foi arquivado. O golpe do vice-presidente, Michel Temer, que assumiu o comando da República, está caracterizado
Por unanimidade, a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) homologou o arquivamento do inquérito civil sobre as pedaladas fiscais que justificaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Dilma foi a primeira mulher a assumir a presidência da República. Sua eleição ocorreu em 2010, e a reeleição em 2014.
A decisão veio seis anos após o impeachment.
A decisão é de fevereiro, mas só veio a público nesta quinta-feira, 22, a dez dias do primeiro turno das eleições. A petista disse que “a verdade veio à tona”. “Demorou, mas a Justiça está sendo feita”, comentou.
Além de Dilma, eram investigados o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin.
O arquivamento foi promovido no ano passado pela Procuradoria da República no Distrito Federal. O argumento foi que tanto o Tribunal de Contas da União (TCU) quanto a Corregedoria do Ministério da Economia afastaram a possibilidade de responsabilização dos envolvidos.
“Seja em virtude da constatação da boa-fé dos implicados, seja porquanto apenas procederam em conformidade com as práticas do MPOG (Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão)”, diz a justificativa. O posicionamento foi enviado à Justiça ainda em 2016.
“JUSTIÇA ESTÁ SENDO FEITA”, DIZ DILMA ROUSSEFF APÓS MPF ARQUIVAR INQUÉRITO SOBRE ‘PEDALADAS’
A verdade veio à tona”, comemorou Dilma Rousseff após o arquivamento. “Demorou, mas a Justiça está sendo feita”.
Dilma foi cassada em agosto de 2016 – dois anos antes do fim de seu segundo mandato. O impeachment foi aprovado por 367 votos a 137 na Câmara e por 61 votos a 20 no Senado.
Relembre algumas publicações do Tudo Em Dia sobre o caso de impeachment de Dilma
Dilma Vana Rousseff Foi afastada em 12/05/2016 após abertura de processo de impeachment na Câmara e no Senado brasileiro.
Por 61 votos a 20, o Senado condenou a petista por crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais”, que são o atraso no repasse de recursos do Plano Safra a bancos públicos, e pela edição de decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso. Foram 7 votos a mais do que o mínimo necessário -54 das 81 cadeiras do Senado.
O ex-presidente Fernando Collor —o primeiro chefe do Executivo a sofrer um processo de impeachment na América Latina—, se desfiliou ao PTB por ser contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff. (Leia)
O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aceito e Michel Temer tomou posse como Presidente oficial em 01/09/2016 – Os direitos políticos de Dilma Rousseff foram preservados.
No dia 17/05/2017 – Foi publicado a notícia de que Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, dando aval para comprar silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha; A crise brasileira tomou proporções desastrosas e a bolsa de São Paulo teve grandes perdas. (Leia)
O senador Aécio Neves, que concorreu à presidência contra Dilma Rousseff, foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, pedindo R$2 Milhões de supostas propinas. A irmã de Aécio, Andréa Neves, também foi presa (veja). Aécio foi afastado do mandato de senador (Veja), mas retomou o cargo após votação no Senado em 17/10/17 (veja).
No dia 25/10/2017 o Tudo Em Dia publicou que Michel Temer teve a segunda denúncia recusada por 233 votos a favor da denúncia e 251 contra a denúncia. Seriam necessários 342 votos para que o Supremo Tribunal Federal fosse autorizado a analisar a acusação contra Temer e dois de seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).