Um caso médico, registrado em Manaus, Capital do Amazonas, acabou chamando a atenção de comunidade médica na última quarta-feira (06.abr.22). O caso do paciente de 54 anos, que introduziu um peso de academia no reto chegou a ser publicada na plataforma científica International Journal of Surgery Case Reports.
O paciente procurou um hospital na capital do Amazonas e relatou dores de estômago, náuseas e dificuldade de evacuação. Aos profissionais de saúde, disse que apresentava os sintomas há dois dias, mas não forneceu detalhes sobre o que poderia ter causado a condição.
Ao ser examinado, os médicos constataram que ele estava com todos os sinais vitais dentro da normalidade e clinicamente estável, mas o abdômen distendido, ou seja, inchado.
Em um exame de raio-X, os médicos encontraram um peso de academia de dois quilos, de cerca de 20 centímetros de comprimento, dentro do homem. O haltere estava entre o reto e o intestino grosso do paciente. Depois do exame, ele admitiu ter introduzido o objeto no corpo para obter satisfação sexual.
Para retirar o peso de academia do corpo do homem, ele precisou ser sedado. Inicialmente, os médicos tentaram puxar com uma pinça cirúrgica, mas não foi possível manejá-lo.
Devido o constrangimento, é comum que o paciente não revele a origem do problema em casos como esse. Por isso, os médicos lembraram da importância da abordagem cuidadosa por parte das equipes de saúde.
A publicação da International Journal of Surgery Case Reports ainda constata que objetos retais retidos no corpo humano representam uma queixa rara no pronto-socorro, acometendo principalmente homens brancos entre 20 e 40 anos, sendo a maioria objetos de natureza sexual, uma vez que o principal motivo da introdução desses objetos é para obter “gratificação sexual”.
Além disso, a publicação ainda faz um alerta sobre a urgência de procurar um hospital quando episódios assim acontecerem. “Geralmente, a maioria dos pacientes, por constrangimento, só se apresenta para atendimento médico após várias tentativas malsucedidas de retirar o objeto sozinho, resultando em um atraso médio calculado de 1,4 dias para procurar ajuda”, pontuou.