O Indicador Antecedente de Emprego da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou em maio variação positiva, depois de atingir em abril o menor nível desde 2008. Enquanto o Indicador Coincidente de Desemprego, que reflete a tendência negativa do mercado de trabalho – quanto mais alto, maior é a taxa de desemprego – subiu em maio e alcançou o maior patamar desde outubro de 2018. Os dois indicadores, que sinalizam o mercado de trabalho no país, foram divulgados nesta terça-feira (9) pela Fundação Getulio Vargas.
Para o economista da FGV, Rodolpho Tobler, o resultado do Indicador Antecedente de Emprego no mês passado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo, considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série. Já o resultado do Indicador Coincidente de Desemprego sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo neste segundo trimestre, e ainda sem indicações de retorno dessa tendência no curto e médio prazo.
De acordo com a Fundação, cinco dos sete componentes do Indicador Antecedente de Emprego subiram em maio, com destaque para o Emprego Previsto no setor de Serviços e a Tendência dos Negócios da Indústria. No caso do Indicador Coincidente de Desemprego, o aumento em maio foi influenciado por todas as quatro classes de renda familiar, sendo que a maior contribuição veio das classes familiares com renda até R$ 2,1 mil e entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil.