Petistas e aliados criticam mudanças no Pix por ignorar “jeitinho” brasileiro

Central de Jornalismo
Brasília (DF) 20/12//2024 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante café da manhã com jornalistas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Brasília (DF) 20/12//2024 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante café da manhã com jornalistas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Receita Federal anunciou uma ampliação no monitoramento das transações financeiras via Pix, sem a criação de novas taxas. A nova resolução obriga operadoras de cartões de crédito e plataformas de pagamento, incluindo bancos digitais, a reportar à Receita Federal transferências que ultrapassem R$ 5.000 para pessoas físicas.

Repercussão

A medida visa aumentar a arrecadação e combater a sonegação, mas tem gerado controvérsia. Aliados do governo Lula (PT) argumentam que a nova regra não leva em consideração a prática comum do “jeitinho brasileiro”, onde muitas transações financeiras ocorrem fora dos canais formais para evitar burocracia ou fiscalização. A percepção é que, embora as regras não incluam taxação direta, a necessidade de reportar grandes transações pode afetar a maneira como as pessoas e empresas gerenciam seus recursos financeiros, especialmente aqueles acostumados a operar com mais flexibilidade.

Contexto e Crítica

A crítica ao governo é que, ao não considerar esse aspecto cultural, a medida pode criar descontentamento entre a população e setores empresariais que dependem da informalidade para operações do dia a dia. A ideia de que a Receita Federal estaria mais próxima de monitorar atividades financeiras pessoais e empresariais por meio do Pix tem sido vista como um passo para a regulamentação excessiva, segundo alguns petistas e aliados do governo.

A ampliação do monitoramento das transações pelo Pix é uma tentativa de aumentar a transparência e arrecadação, mas levanta debates sobre como tal política se alinha ou não com as práticas sociais e econômicas enraizadas no Brasil.

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