As investigações foram iniciadas em 2 de dezembro passado, quando dois suspeitos foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-251, nomunicípio de Grão Mogol, na mesma região, fazendo o transporte ilegal de mais de uma tonelada de explosivos.
Conforme revelou o Estado de Minas, na ocasião, a descoberta do material ocorreu por acaso. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazia patrulha na rodovia quando avistou uma caminhonete parada no acostamento com os pneus estourados e parou para oferecer auxílio. Os dois ocupantes do veiculo demonstraram nervosismo e os policiais acabaram encontrando os explosivos dentro do veículo.
Os dois homens, que transportavam a “carga explosiva” em direção Pará, foram presos e encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros. Com as prisões deles, a PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na área de comércio de explosivos e demolição – supostamente para a mineração.
Foram encontradas 1.260 unidades de dinamite, juntamente com 1.250 metros de fio detonador não elétrico, 18 caixas de espoleta (detonador não elétrico com 100 unidades em cada caixa).
Ainda durante a apreensão em dezembro, os dois suspeitos disseram que tinham adquirido os explosivos em Salinas, no Norte do estado. Ao aprofundar as investigações, a Polícia Federal descobriu que os valores referentes à venda ilegal dos artefatos e direcionados aos proprietários de empresas localizadas na região de Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha,, distante 78 quilômetros de Salinas.
De acordo com a PF, com a “Operação Blaster”, “ busca-se localizar outros explosivos em situação irregular, valores e eventuais vendas ilícitas efetivadas pelos investigados, assim como auxiliar na elucidação de outros crimes cometidos com o uso de explosivos”.
A Polícia Federal não informou onde o material explosivo vendido ilegalmente é produzido. Durante a operação, houve a apreensão de dinheiro em espécie. Mas, o montante ainda não foidivulgado.
Segundo os responsáveis pela investigação, os envolvidos nos crimes de porte e comércio ilegal de artefatos controlados ser condenados a penas que somam 18 anos de reclusão.
“O nome da operação faz referência ao “blaster”, que é o elemento encarregado de organizar e conectar a distribuição e disposição dos explosivos e acessórios empregados no desmonte de rochas”, diz a PF.
Os mandados de busca e apreensão contra os suspeitos foram expedidos pelo juiz da Comarca de Grão Mogol.